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Cavaco 'confunde' empresários

A comunicação feita esta quarta-feira pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, deixou os empresários portugueses um tanto ou quanto divididos quanto ao impacto que o apelo ao "compromisso de salvação nacional" trará à economia e à estabilidade política e social. Em declarações ao Jornal de Negócios, as opiniões dividem-se.

Cavaco 'confunde' empresários
Notícias ao Minuto

09:39 - 11/07/13 por Notícias Ao Minuto

Economia Reação

Pessimista e preocupado com a condição das empresas a curto e médio prazo, o presidente da Compta, Armindo Monteiro, alerta que “as empresas não vivem a prazo, não podem esperar um ano numa paz presidencial”. Ao Jornal de Negócios, o empresário reivindica ainda a necessidade de “clarificar agora” a situação que o País atravessa.

No mesmo sentido, o presidente da Centromarca, João Paulo Girbal, acredita que a posição tomada por Cavaco Silva “não parece uma solução de estabilidade”, pois, defende, “vamos ter um Governo a prazo que não tem força, porque tem divisões muito profundas”. “Não estou optimista”, frisa.

“A decisão não me deixou nada feliz porque não é carne nem é peixe”, diz o presidente do Grupo Kaia, Fortunado Frederico, que vai mais longe nas críticas e deixa o alerta: “O ambiente empresarial precisa de saber com o que conta. Assim, causa ansiedade nas empresas com consequências negativas”.

Também pessimista com o futuro que se avizinha, o presidente da CCP, João Vieira Lopes, afirma que os empresários estão “extremamente apreensivos” e que “se a grande preocupação é como pode ser feita a alteração da política económica e financeira, não percebemos [a proposta], na medida em que não ficou clara a posição do Presidente da República sobre as políticas deste Governo”.

Já o presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, revela-se apreensivo mas confiante com o que pode ainda vir a acontecer. “Tenho medo de que seja muito difícil conseguir um acordo, mas só posso esperar veemente que se consiga algum tipo de acordo, que pode não ser um mar de rosas, mas que implica que haja bom senso”.

A posição de Cavaco Silva é vista, por outro lado, com optimismo pelo presidente da CAP, João Machado, pois acredita que “é um plano ambicioso politicamente, mas seria muito bom para o País”. “Não acho impossível de conseguir. As eleições em Julho de 2014 seriam antecipadas, mas programadas”, refere.

O presidente da Confederação de Turismo, Francisco Calheiros, comunga da perspectiva anterior e “deseja boa sorte nestas negociações que irão agora encetar-se para um novo Governo”.

Já o presidente da Amorim Turismo, Jorge Armindo, afirma que sempre defendeu “um acordo entre os três partidos”, mas sabe que “os políticos têm dificuldade em o implementar”. “Acho difícil mas faço votos para que aconteça”, acrescenta.

Por fim, o presidente da CIP, António Saraiva, admite que vê “com bons olhos o apelo de sentido de responsabilidade dos partidos e dos dirigentes políticos, que leva à estabilidade e à retoma do crescimento”.

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