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Prestamistas alertam para risco de encerramento de casas de penhores

A Associação de Prestamistas de Portugal advertiu hoje o secretário de Estado do Comércio para o risco de encerramento da grande maioria das casas de penhores devido às alterações legislativas que entraram em vigor no verão passado.

Prestamistas alertam para risco de encerramento de casas de penhores
Notícias ao Minuto

23:16 - 19/02/16 por Lusa

Economia Comércio

Luís Valente, presidente da Associação de Prestamistas de Portugal, disse à Lusa que, numa reunião realizada hoje com o secretário de Estado do Comércio, Paulo Ferreira, foi defendida a "necessidade urgente" de revisão do decreto-lei 160/2015, de 11 de agosto, "adaptando-o à realidade da atividade".

A associação, com cerca de 40 associados de todo o país, questiona, nomeadamente, a obrigatoriedade de os prestamistas terem de recorrer a avaliadores oficiais sempre que se proceda à avaliação de artigos com metais preciosos.

Luís Valente afirmou que além de não existirem avaliadores suficientes, está a pôr-se em causa a "grande experiência e conhecimento pormenorizado do sector" por parte de quem exerce a atividade "há décadas".

Por outro lado, esta obrigatoriedade "só vem encarecer" o processo num setor "muito importante para pessoas com dificuldade de acesso ao crédito" e que recorrem às casas de penhores muitas vezes "em situações de aflição".

"Os prestamistas estão revoltados. Isto vai levar à extinção de um setor muito antigo" e que corre o risco de ficar reduzido aos bancos e a quatro ou cinco grandes casas, adiantou.

Frisando que o setor não foi ouvido na elaboração do novo decreto-lei, Luís Valente referiu ainda a "alteração radical" introduzida na forma como podem ser realizados os leilões, "sem que daí resulte qualquer benefício para os consumidores".

A associação pede ainda a revisão da taxa de juro, "uma vez que a mesma não é compatível com o exercício da atividade, existindo situações em que a mesma nem sequer permite cobrir os gastos subjacentes à operação realizada".

A atividade é fiscalizada pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e pela Direção Geral das Atividades Económicas (DGAE), frisou.

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