BPI e Isabel dos Santos já estão a discutir presença em Angola
‘Guerra’ entre empresária e banco português começa com batalha difícil para decidir o futuro dos ativos no continente africano.
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Economia Banca
A complicada divisão de ativos do BPI já está a ser discutida diretamente entre a Unitel de Isabel dos Santos e a administração liderada por Fernando Ulrich.
O prospeto de cisão das participações no continente africano inclui a partilha de riscos com os acionistas em bancos angolanos e moçambicanos, uma hipótese que não agrada à filha do presidente de Angola. Isabel dos Santos propõe que a sua Unitel, dona de uma participação minoritária no BPI, fique com 10% do Banco Fomento Angola de forma a reduzir a exposição do banco português a um mercado que deixou de ter a equivalência de supervisão do BCE.
As regras do regulador europeu mudaram no primeiro dia deste ano, obrigando o BPI a reduzir significativamente as participações em ativos africanos para evitar penalizações.
Os espanhóis do La Caixa, acionistas maioritários do banco português, apoiam a proposta apresentada por Fernando Ulrich, mas o voto de Isabel dos Santos é decisivo para desbloquear o processo. Recorde-se que os estatutos do BPI impedem que qualquer acionista tenha direito de voto maioritário em qualquer decisão, mesmo que detenha a maior parte das ações.
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