POUPANÇA NO MINUTO
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"É pateta achar que o Estado Social não está em causa"
Medina Carreira considera que em países mais organizados e economicamente mais estáveis, como a Holanda, há uma noção maior dos riscos atuais para a sustentabilidade do sistema de pensões.
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Economia Medina Carreira
Medina Carreira falou esta segunda-feira à noite no programa ‘Olhos nos Olhos’, da TVI 24, sobre a sustentabilidade do sistema de pensões, para considerar que há desafios grandes em Portugal. Porém, muita gente ainda não se apercebeu dos desafios.
“Impressiona-me que haja muitas dúvidas sobre as dificuldades que o problema das pensões e da Segurança Social têm”, disse o antigo governante, acrescentando que noutros países já se percebeu as dificuldades enquanto que em Portugal se pensa que as circunstâncias “se mantém há 30 anos”.
Em Portugal, diz Medina Carreira, há quem não admita que “o Estado Social está em causa”, algo que descreve como “verdadeiramente pateta”, disse o comentador, sustentando que “antigamente muita gente não chegava a gozar as pensões. Hoje, felizmente,” a esperança média de vida subiu. Este benefício, porém, obriga a olhar para o fenómeno e para as implicações que este tem na Segurança Social a longo prazo.
Para Medina Carreira, são vários os fatores em Portugal que contribuem para os riscos, disse o comentador, especificando os principais: a economia, que tem estado em desaceleração, “estando a ‘zero’ nos últimos 15 anos”, a competitividade do país no seio da zona euro, o desemprego, “que é muito grande para os nossos hábitos”, a demografia e a emigração, mas também o endividamento do país, tanto em termos de dívida pública como de dívida privada.
É precisamente devido a este leque de desafios que Medina Carreira, que volta a realçar o endividamento do Estado português, considera que é preciso levar a cabo reformas com o intuito de preservar a sustentabilidade a longo prao do sistema de pensões.
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