É "altamente provável" que Estado assuma parte da dívida da TAP
Empresário acredita que venda a empresa terá custo para os cofres públicos. Pais do Amaral critica também a “precipitação” do Governo no processo de privatização.
© Global Imagens
Economia Pais do Amaral
Miguel Pais do Amaral foi o primeiro candidato a ser excluído do processo de privatização da TAP. O empresário era a ‘face’ de um grupo de investidores que estava interessado na companhia aérea, mas acabou por ver a proposta rejeitada pelo governo português.
Em entrevista ao Jornal de Negócios, o antigo dono da Media Capital esclarece o que correu mal: “ Não tivemos oportunidade de fazer todo o trabalho necessário”. A culpa, diz Pais do Amaral, é da forma como o processo foi iniciado: “A TAP apresentou um ‘business plan’ muito mal feito. Atribuo isso à rapidez e precipitação com que tudo foi feito”.
O empresário fala de uma “situação calamitosa” na TAP e afirma que “o governo não pode esperar seis meses para trazer uma solução”, mas não vê na Avianca e Azul uma solução de longo prazo: “Nenhum dos candidatos é uma empresa de primeira linha mundial. Tenho pena que a TAP não possa casar com uma grande empresa mundial”.
Pais do Amaral deixa também a garantia de que será “altamente provável” que o Estado português assuma uma parte da dívida da TAP para que o processo chegue ao fim, falando num valor “entre 200 a 400 milhões”.
Por último, o empresário deixa críticas à falta de entendimento político: “Se houvesse acordo entre governo e oposição sobre este tema, o processo poderia ter sido feito com outra calma. Foi feito a correr. Nós corremos, mas não podíamos correr tudo”.
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