"O Governo tornou-se tão radical" que até afastou a troika
Defendendo que é necessário um ministro das Finanças político e que se tem que acabar com a contratação de empresários para as pastas da Economia e das Finanças, o professor Pedro Lains defende, em entrevista ao Jornal de Negócios, que com o Governo que temos em Portugal, não há espaço para a troika.
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Economia Pedro Lains
“Desde que o Governo se tornou tão radical, a troika praticamente desapareceu”, é esta a opinião do professor Pedro Lains, que considera que este Governo, liderado por Pedro Passos Coelho, duplicou a austeridade.
“O défice está a ser reduzido, drasticamente, isso afeta a economia, e a dívida, em termos relativos, não está a ser reduzida”, refere, defendendo que até o FMI “teria respondido positivamente no sentido de não haver tanta austeridade, de haver um ajustamento mais lento”.
Para Pedro Lains, “o memorando devia ter sido administrado de outra maneira”, mas o “Governo não quis porque achava que tinha de ser o mais duro possível, acreditava na austeridade expansionista”. Nada disso, defende, valeu a pena, pois “estamos menos integrados na Europa. Temos uma economia destruída, mesmo. Havia uma série de coisas que estavam a nascer e que foram interrompidas”.
Para que a situação se inverta, é necessário “ter um ministro das Finanças político” e é necessário separar o Banco de Portugal do Governo.
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