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"Aumento de impostos seria uma sentença de morte do Governo"

Depois de na semana passada Marques Mendes ter anunciado que o Executivo português se preparava para aumentar o IVA, dizendo que a medida estava a ser ponderada, o antigo líder social-democrata voltou esta semana a abordar o tema dizendo que esta posição seria ?uma sentença de morte para o Governo?. Na SIC, o comentador abordou ainda os temas do desemprego e do Orçamento Retificativo.

"Aumento de impostos seria uma sentença de morte do Governo"
Notícias ao Minuto

22:16 - 30/08/14 por Notícias Ao Minuto

Economia Marques Mendes

No seu espaço de comentário semanal, Marques Mendes voltou esta semana a abordar o tema de uma subida de impostos. Aqui, congratulou-se pelo facto de Paulo Portas ter ganho braço de ferro com Pedro Passos Coelho para uma eventual subida do IVA, algo que o antigo líder do PSD considera que se fosse em frente seria um desastre.

“Acho que aconteceu um recuo, que foi positivo e necessário. Um aumento de impostos neste momento seria uma sentença de morte do Governo. Disse que um aumento de impostos estava em estudo e isso não foi desmentido. Isso era verdade. Disse que mesmo estando em estudo a medida não ia por diante porque o CDS era contra. E acertei”, atirou o comentador em declarações sobre o facto de a meio da semana o primeiro-ministro ter desmentido que a medida não estava a ser discutida para este ano, ao que acrescentou:

“O primeiro-ministro estava perturbado ou irritado mas devia ser pelo braço de ferro com o CDS, não comigo. Porque evidentemente um primeiro-ministro não dialoga com um comentador. Isso valorizava muito o comentador. Ele estava era preocupado com perder o braço de ferro com o CDS”, atirou sobre este tema, concluindo que “isto é de facto uma vitória do CDS. Goste-se ou não se goste. Manda a verdade que se diga que Paulo Portas impediu um erro monumental. Nesse sentido acho que o PSD lhe tem de agradecer”.

Para o social-democrata que tradicionalmente tem habituado os portugueses a acertar nas suas previsões, porém, este facto não é positivo para o seu próprio partido pois “fica-se com esta ideia de que o PSD é o mau da fita e que o CDS é que faz as coisas boas” e deixa a receita para evitar que o mesmo se repita. “Convém fazer uma gestão política com mais cuidado, evitar erros e não ser precipitado. Um aumento de impostos, agora ou em janeiro, é um erro colossal. Se o governo daqui um mês voltar a ponderar isto é um erro”.

Posteriormente, abordando a temática dos impostos mas também do Orçamento Retificativo, Marques Mendes defendeu que os portugueses têm vivido um verdadeiro “assalto fiscal”, elencando depois todos os impostos que foram aumentados pelo Executivo liderado por Pedro Passos Coelho. Porém, o comentador considera que este não é o caminho e que este devia ser o de corte na despesa.

“Achei graça ao governo dizer que não gosta de aumentar impostos. Se gostasse tínhamos todos de emigrar. O caminho não é este. Muitos destes impostos foram necessários, mas o caminho não é aumentar mais impostos para fazer mais despesa”, atirou, iniciando assim o seu comentário sobre o Orçamento Retificativo apresentado na passada quinta-feira.

“Este é um orçamento que visa aumentar despesa. 1,5 mil milhões. Quem devia aprovar este orçamento no parlamento era a oposição. Este orçamento é o contrário do que o Governo andou a defender. Tem uma receita fiscal enorme que não contribui para baixar impostos mas para fazer mais despesa”, explicou dizendo que este novo documento sofre de “dois pecados capitais”: descontrolo da despesa e o não baixar o défice abaixo da meta dos 4% permitindo aligeirar, para o ano, os sacrifícios que terão de ser feitos.

“Se a despesa estivesse controlada o défice deste ano ficava em 3,5%. Como no próximo ano, temos que passar para 2,5% seria mais fácil. Ou seja, podia desapertar-se um bocadinho o cinto e baixar o IRS. É o que quer o CDS e o que devia querer o PSD”.

Por fim, como nota positiva, Mendes destaca o bom resultado conseguido em termos de desemprego, dizendo que o Governo tem agido bem nesta área. “Não me parece que a oposição tenha razão e o desemprego merece um cumprimento. Tivemos uma recuperação notável. É uma tendência que já tem meses. Fala-se que muitos são estágios profissionais. É-se preso por ter cão e por não ter. Se não tivesse política ativa de emprego toda a gente criticava”.

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