Antes de pedir insolvência, GES tirou 15 milhões da Tranquilidade
O Grupo Espírito Santo, escreve esta segunda-feira o Jornal de Negócios, retirou da companhia de seguros Tranquilidade, antes de pedir proteção contra credores no Luxemburgo, 15 milhões de euros a título de dividendos.
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Antes de ser anunciada a queda do Grupo Espírito Santo, que fez precipitar semanas depois a queda o BES, os responsáveis pela Grupo retiraram da Tranquilidade 15 milhões de euros em dividendos. Esta decisão, feita à revelia dos compromissos assumidos com os interessados na compra da seguradora, terá elevado as perdas da seguradora, segundo explica o Jornal de Negócios.
No total, com o colapso do GES, a Tranquilidade perdeu cerca de 165 milhões de euros, isto porque aplicou, entre maio e junho, 135 milhões de euros em papel comercial do Espírito Santo Financial Group e da ESFIL, tendo além desta operação depositado 15 milhões de euros nas contas da Espírito Santo Internacional.
Posteriormente, todas estas sociedades entraram em colapso, tendo pedido, no Luxemburgo, a adesão a um regime de proteção contra credores, ou seja, impossibilitando que estes montantes possam ser reavidos no imediato.
Entretanto, depois de anunciada a venda da seguradora que pertencia ao universo de empresas detidas pela Família Espírito Santo, na sexta-feira, por parte dos norte-americanos da Apollo, por 50 milhões de euros, a gestora do outro lado do Atlântico já se comprometeu a injetar 150 milhões de euros na Tranquilidade.
O processo de venda está agora dependente do aval de Vítor Bento no Novo Banco, que já deu início aos procedimentos legais para a sua concretização, sendo que, fonte da entidade bancária adiantou ao Negócios que “o processo de venda da Tranquilidade já está no conselho de administração, que está a avaliar os próximos passos”.
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