Presidente do IGCP tem que tirar a dívida da "terra de ninguém"
Cristina Casalinho é a nova presidente da Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, sucedendo a João Moreira Rato, e, de acordo com analistas financeiros, tem duas missões à frente do órgão: reforçar as condições de acesso aos mercados e melhorar a notação de risco da dívida portuguesa, indica o Jornal de Negócios.
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Economia Nomeação
Cristina Casalinho foi nomeada esta segunda-feira como presidente da Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP pelo Ministério das Finanças e, de acordo com as declarações de vários analistas ao Jornal de Negócios, tem pela frente a difícil tarefa de melhorar a notação de risco da dívida portuguesa, tirando-a da “terra de ninguém” em que se encontra.
A economista terá, então, como prioridades reforçar as condições de acesso aos mercados e trabalhar junto das agências de rating para que a dívida portuguesa deixe de estar abaixo de ‘investimento de qualidade’, tal como está nas três principais agências de notação financeira: a S&P, a Moody’s e a Fitch.
A dívida portuguesa continua em “terra de ninguém” porque “neste momento [em que os juros estão mais baixos] há uma menor procura por parte dos investidores mais audazes, vocacionados para mercados emergentes, mas também é limitada a procura entre os investidores de mais longo prazo”, afirmou à mesma publicação Michael Michaelides, analista do Royal Bank of Scotland.
Neste sentido, para Nicholas Spiro, da consultora londrina Spiro Sovereign Strategy, Cristina Casalinho “tem de estar em contato próximo com os investidores e com as agências de rating, porque a notação tem de subir o mais rapidamente possível”.
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