O 'The Telegraph' faz hoje uma análise aos factos e coloca na balança os motivos que poderão levar Ronaldo a voltar a vestir a camisola dos ‘red devils’, bem como os motivos que o podem fazer recuar na sua palavra e pensar duas vezes antes de ‘fazer as malas’.

Ora vejamos.

Primeiro, é certo que Cristiano Ronaldo, um miúdo natural da pequena ilha da Madeira, se sentiu acarinhado pela família de Old Trafford e se sentiu em casa, mal aterrou em Inglaterra. Por outro lado, porém, lembre-se que de novembro a abril, Ronaldo odiou a estadia em Inglaterra, onde o tempo frio e chuvoso, o fez querer, por diversas vezes, voltar a casa.

Também é verdade que foi em Manchester que Cristiano Ronaldo deu início ao trabalho que mais tarde o iriam nomear o melhor jogador do mundo. Durante seis anos, o português deu o litro pela camisola do clube inglês, mas sabemos também que nos últimos dois anos em que esteve no Manchester teve sempre de olho no Real Madrid.

No entanto, lembra o The Telegraph, Ronaldo é um jogador emocional que se deixa levar pelo coração. E se foi por isso que em 2009 rumou a Madrid poderá também ser com base nisso que se pode predispor a regressar à casa onde jogou entre 2003 e 2009.

No entanto, o Real Madrid não estará disposto a abrir mão de um dos seus melhores jogadores, beneficiando do facto de ainda ter um contrato até 2018 com o jogador, fará de tudo para ‘prendê-lo’.

A manter-se no Real durante pelo menos mais esta época, o Telegraph lembra que Ronaldo complete já no próximo ano o seu 30.º aniversário, altura em que entrará no Outono da sua carreira, e em que os clubes já começaram a pensar duas vezes antes de contratá-lo.

Para vender o jogador, Florentino Pérez terá também que enfrentar e dar explicações aos adeptos madrilenos, motivo para que este tente evitar ao máximo a venda.

Por outro lado, se Radamel Falcao for incluído na transferência então o negócio pode mudar de figura. Ronaldo e Falcao partilham o mesmo agente – Jorge Mendes - e se o Manchester estiver disposto a dar o colombiano para a troca, então a ida de Ronaldo para Inglaterra pode ser facilitada.

Na base do negócio, devem ainda ser ponderadas as questões publicitárias, com a publicação britânica a relembrar que o próximo ano poderá não ser a melhor altura para avançar com a contratação daquele que é a maior vedeta da Nike, dado que a Adidas está a pensar avançar com um contrato de dez anos e de 945 mil euros com o clube.

Os rumores sobre um possível regresso a Inglaterra remontam ao ano passado. Desde então paira no ar a dúvida se o negócio irá mesmo avançar, mas o certo é que onde há fumo há fogo. O Manchester já revelou inclusivamente que terá criado uma espécie de conta poupança onde está a amealhar o valor necessário para poder garantir a contratação. Já Ronaldo, que não tem poupado críticas ao Real Madrid devido ao mercado de transferência, e a saída de Di Maria, também já disse que não põe de parte esta hipótese.