Redação, 31 dez - O funeral do realizador Paulo Rocha, falecido no sábado, aos 77 anos, realiza-se hoje, às 15:00, na Igreja de S. João da Foz, no Porto, segundo a agência funerária.
De acordo com a Servilusa -- Agências Funerárias, o corpo do cineasta, que está em câmara ardente desde as 11:00 de domingo, na Igreja de S. João da Foz, terá as exéquias fúnebres a partir das 15:00, seguindo o funeral para o cemitério do Prado do Repouso, também no Porto.
Paulo Rocha estava internado num hospital privado no Porto, cidade onde nasceu a 22 de dezembro de 1935, e faleceu na manhã de sábado, dia 29 de dezembro.
O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, a presidente da Associação Portuguesa de Realizadores (APR), Margarida Gil, a diretora da Cinemateca Portuguesa, Maria João Seixas, o realizador Jorge Salaviza e o produtor António da Cunha Telles foram algumas das personalidades que lamentaram o desaparecimento do cineasta.
A Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, realiza na quarta-feira, às 21:30, uma sessão especial de homenagem a Paulo Rocha, exibindo o seu primeiro filme, "Verdes Anos" (1963), uma obra considerada emblemática do movimento do Novo Cinema Português.
Também assinou "A Pousada das Chagas" (1972), "A Ilha dos Amores" (1982), "A Ilha de Amorais" (1984), "O Desejado" (1988), "Máscara de Aço Contra Abismo Azul" (1989), "O Rio do Ouro" (1998), "A Raiz do Coração" (2000), "As Sereias" (2001) e "Vanitas" (2004).
Paulo Rocha fez também dois ensaios fílmicos consagrados aos realizadores Manoel de Oliveira e Shohei Imamura, integrados na série "Cinéastes de Notre Temps".
Depois de uma passagem pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, partiu para França, onde estudou cinema no Institut des Hautes Études Cinématographiques e obteve um diploma de realização.
Foi assistente do francês Jean Renoir em "Le Caporal Épinglé" (1962) e do português Manoel Oliveira no "Ato da Primavera" (1963) e em "A Caça" (1964).
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Noticias Ao Minuto/Lusa