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Mark Zuckerberg reage: "Precisamos de assumir a responsabilidade"

Cofundador do Facebook reagiu, pela primeira vez, através da rede social, à polémica em torno da apropriação indevida de informação por parte da empresa Cambridge Analytica. O CEO da rede social admite que foram cometidos erros e compromete-se a assumir mais responsabilidade na gestão da confiança dos utilizadores.

Mark Zuckerberg reage: "Precisamos de assumir a responsabilidade"
Notícias ao Minuto

20:00 - 21/03/18 por Anabela de Sousa Dantas

Tech Facebook

"Temos uma responsabilidade para com a proteção dos vossos dados, e se não conseguimos fazê-lo não merecemos servir-vos", admitiu Mark Zuckerberg, numa extensa publicação feita através da mesma plataforma que agora está numa discussão sobre a privacidade de informação dos seus utilizadores.

O cofundador do Facebook sublinha que tem estado a trabalhar para "perceber exatamente o que aconteceu" e como se "assegurar que não se repete".

Embora sublinhando que "as ações mais importantes" para impedir que algo do género volte a acontecer tenham sido "tomadas há anos", deixa a admissão: "Mas também cometemos erros, há mais para fazer e precisamos de assumir a responsabilidade e fazê-lo".

Esta, sublinhe-se, é a primeira vez que Zuckerberg se refere publicamente ao facto de uma empresa externa ter feito uso dos dados de 50 milhões de utilizadores para fins ainda não esclarecidos, mas que podem passar pela manipulação para fins políticos.

No extenso texto que Mark Zuckerberg assina na rede social é feita uma cronologia dos acontecimentos, desde o aparecimento de "aplicações abusivas", que recolhiam informações não só dos seus subscritores como dos seus 'amigos' na rede social, até ao contacto de Aleksandr Kogan, em 2013, com a sua aplicação de testes de personalidade.

Zuckerberg explica que esta aplicação conseguiu informação não só das pessoas que a subscreviam mas também de todos os seus 'amigos' dentro do Facebook. Esta falha, explica, foi corrigida logo em 2014, com várias alterações à plataforma do Facebook para limitar o acesso a informação deste tipo de aplicações dentro da rede social.

Só em 2015, e através da imprensa, é que descobriram que os dados adquiridos por Aleksandr Kogan com a sua aplicação tinham sido partilhados com a Cambridge Analytica. Foram tomadas ações, incluindo a assinatura de uma certificação que previa a eliminação de toda aquela informação. Na semana passada, através da imprensa, soube-se que a informação não foi apagada.

"Isto constituiu uma quebra de confiança entre o Kogan, a Cambridge Analytica e o Facebook. Mas também foi uma quebra de confiança entre o Facebook e as pessoas que partilham os seus dados connosco, esperando que os protejamos. Precisamos de resolver isso", admitiu Mark Zuckerberg.

Anunciando um conjunto de passos que serão dados no futuro para garantir a segurança e a confiança dos seus utilizadores, Zuckerberg diz-se "responsável pelo que acontece" na sua plataforma e que "embora este assunto específico" não vá repetir-se atualmente, "isso não muda o que aconteceu no passado".

"Vamos aprender com esta experiência para proteger ainda mais a nossa plataforma e tornar a nossa comunidade mais segura para toda a gente no futuro", sublinhou. "Eu sei que demora mais tempo do que gostaríamos a corrigir estes problemas, mas prometo-vos que vamos trabalhar numa solução e construir um melhor serviço a longo prazo", terminou.

Sublinhe-se que o espoletar destas notícias sobre a Cambridge Analytica desencadeou uma descida das ações do da rede social  de Mark Zuckerberg, que foi inclusive chamado a prestar explicações por uma comissão parlamentar britânica e pelo Parlamento Europeu. Nos Estados Unidos, os procuradores de Nova Iorque e de Massachusetts e a Comissão Federal do Comércio anunciaram que vão investigar o caso.

[Notícia atualizada às 20h41]

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