As novas armas do século XXI não serão as bombas atómicas ou termonucleares, mas sim sistemas de inteligência artificial com capacidade para autoaprendizagem, que já estão a ser desenvolvidas pelas principais potências mundiais, indica Jean-Christophe Bonis, futurólogo francês.
"Nelson Mandela escreveu em 1995 que a principal arma do século XXI será a informação, que substituirá as armas nucleares e outras armas de destruição em massa do século XX. Mas, na minha opinião, essa arma passa pelos sistemas de inteligência artificial, pois para funcionar não precisam nem de urânio, nem de reatores nucleares, nem outras coisas difíceis de conseguir, apenas silício e eletricidade", afirmou o cientista francês na conferência de imprensa dedicada ao festival de ciência e tecnologia Kaspersky Geek Picnic.
Como nota o futurólogo, é impossível monitorizar a criação de sistemas de inteligência artificial com reguladores como a Agência Internacional de Energia Atómica e outras organizações que controlam a presença de urânio, plutónio e outras substâncias nucleares perto de instalações secretas. Será, portanto, extremamente difícil ou até impossível prever o desenvolvimento deste tipo de armamento.