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Com esta app pode jantar com desconhecidos. Conheça a foodfriends

O Tech ao Minuto esteve à conversa com um dos fundadores da aplicação para perceber o que esteve na origem da ideia de desfrutar de refeições acompanhado de desconhecidos.

Está em casa, de noite, mas apetecia-lhe sair e jantar fora, de preferência acompanhado. Se anteriormente tinha de esperar que algum amigo estivesse disponível para o convite, a verdade é que ninguém disse que tinha de ser alguém conhecido. Uma refeição é uma ótima oportunidade para conhecer alguém mas, como entrar em contacto com alguém que não se conhece? É aqui que entra a foodfriends.

Em grupo ou com aquela pessoa especial, a verdade é que qualquer refeição é melhor com boa companhia, uma noção que inspirou Jan Marks e a mulher Anja a criar esta aplicação. Por Skype, Jan Marks contou ao Tech ao Minuto que a ideia para a aplicação surgiu no final de 2014 da sua experiência com várias aplicações e serviços de guia de restaurantes, com os quais confessa que na altura ficou “um pouco desapontado”. Marks, consultor, e a mulher, jornalista, lançaram-se assim neste projeto, “uma ideia louca”, confessa, procurando mostrar que “não é só a comida, o serviço ou o ambiente que o restaurante oferece, mas sim as pessoas em volta da mesa”.

Uma vez que não tinham experiência enquanto developers, o desenvolvimento da aplicação levou algum tempo – “uma jornada interessante” – materializando a ideia pouco a pouco numa “ferramenta que permita às pessoas encontrar bons sítios para comer e também pessoas que se juntem à mesa”. “

Um dos desafios tem sido descobrir o que realmente interessa aos utilizadores da foodfriends. “Descobrimos que alguns utilizadores gostam da aplicação porque é uma melhor forma de encontros online. Não tem este sentimento estranho de encontros online que muitas pessoas têm. É muito mais inocente e mútuo. Permite-te reunir com amigos, rapazes que querem ver um jogo de futebol numa pizzaria, por exemplo. Dá para fazer muita coisa, depende para o que queiras”, contou Jan Marks.

Foodfriends, o ‘Tinder com comida’?

A foodfriends ganhou notoriedade rapidamente, não como uma aplicação focada em refeições, mas sim como aplicação de encontros, permitindo convidar automaticamente outra pessoa com gostos em comum para jantar, sejam interesses ou preferências de cozinha. “Tem sido uma curva de aprendizagem, saber como as pessoas usam a aplicação”, admitiu Jan Marks. “Há muitas pessoas a utilizar a foodfriends como aplicação de encontros. Mais do que pensava, na verdade”.

Ao usar a aplicação, é possível perceber o potencial para esse mercado. A eficácia da foodfriends até já valeu agradecimentos a Jan Marks, com pessoas a terem encontrado através da aplicação pessoas com quem partilhar momentos especiais. “Já tivemos utilizadores que nos agradeceram depois de encontrarem pessoas com quem partilharem refeições”, conta.

Curiosamente, a foodfriends teve os primeiros dias de vida em pleno Web Summit, em Lisboa, uma vez que foi lançada poucos dias antes. “Foi um grande empurrão que tivemos no Web Summit. A partir daí temos entre 50 a 200 pessoas na aplicação por dia, o que é muito bom porque ainda nem começamos a promover a foodfriends”, confessa Marks, referindo ainda que Portugal tem sido especialmente receptivo à aplicação.

“Em Portugal a aplicação tem mostrado um crescimento muito maior do que em Espanha”, revela Marks. “Lisboa é uma cidade muito urbana e internacional, as pessoas estão abertas a experimentar e a conhecer pessoas novas”.

Marcar pela diferença

Mais do que ser mais uma aplicação na área da restauração, Marks quer que a foodfriends responda ao desejo real das pessoas jantarem juntas, ao desejo de socializarem. Esta é a maior força da foodfriends, e uma que Marks quer tirar partido com organização de eventos especiais para os utilizadores da aplicação

“É importante que façamos algo mais do que providenciar uma aplicação”, enaltece. “Dá mais valor se conseguirmos unir forças com restaurantes e, com um pouco de criatividade, criar refeições especiais que não seria possível ter normalmente. Talvez um menu especial ou bebidas grátis”, arrisca Marks, adiantando que a iniciativa terá de ser estudada para perceber “o que seria mais apreciado pelos utilizadores”.

O objetivo para 2017 passa não só para responder às necessidades dos utilizadores da foodfriends mas também dos restaurantes, que “não querem tecnologia mas sim pessoas reais sentadas à mesa”.

“O valor adicional da foodfriends é levar grupos e casais a restaurantes”, aponta Marks, indicando também que a ideia passa por criaruma taxa por cliente sentado à mesa, algo que será feito assim que houve volume de clientes suficientes através da foodfriends. Neste ponto, é referido que a taxa por cliente poderá variar de acordo com o número de pessoas sentadas, uma vez que, em teoria, o valor gasto numa refeição aumenta exponencialmente com o número de pessoas à mesa. Por exemplo, um grupo maior ficará sempre mais inclinado a pedir entradas, bebidas e sobremesas do que um grupo menor ou apenas duas pessoas.

Criar uma página para restaurantes onde se possam inscrever a eles próprios na aplicação, o que poderá ser acompanhado por uma pequena taxa de inscrição para gerir conteúdo descritivo e fotografias. 

Apesar de decidido em marcar pela diferença, Marks está consciente que o mercado tem desafios, obstáculos e aplicações rivais. Ainda assim, a principal concorrência não está onde seria de esperar.

(Não perca amanhã a segunda parte da entrevista ao co-fundador da foodfriends, Jan Marks. A segunda incidirá sobre a forma como a foodfriends se poderá diferenciar de outras aplicações a atuar no mesmo mercado)

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