Investigação torna indústria de moldes "mais verde"
Investigadores de Coimbra desenvolveram uma tecnologia aditiva ao fabrico de componentes metálicos, que permite tornar o setor dos moldes "mais competitivo e mais verde", anunciou hoje a Universidade de Coimbra (UC).
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Tech Competitividade
Uma equipa de investigadores do Centro de Engenharia Mecânica da UC, em parceria com uma empresa de moldes, "aplicou com sucesso a tecnologia aditiva ao fabrico de componentes metálicos, permitindo melhorar significativamente o ciclo de produção", afirma a UC, numa nota hoje divulgada.
A técnica de fabricação por processos aditivos de metais "permite criar geometrias inimagináveis, impossíveis de alcançar por outros métodos", sustenta Teresa Vieira, coordenadora do estudo e docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia daquela universidade.
"Os processos aditivos possibilitam liberdade total na criação de formas complexas, com consequências no desenvolvimento do futuro da engenharia", afirma a investigadora, citada pela UC.
Para Teresa Vieira, "os processos aditivos são o futuro da indústria", pois, além de permitirem "melhorar todo o ciclo de produção, trazendo vantagens competitivas", são "uma técnica muito mais sustentável e ecológica".
"Não há desperdícios porque as sobras são utilizadas na produção de novas peças", salienta Teresa Vieira.
Financiado em meio milhão de euros pelo Programa Operacional Fatores de Competitividade (COMPETE) e coordenado pela Agência Nacional de Inovação, o projeto -- Two in one (dois em um) -- foi desenvolvido em parceria com a Famolde, uma empresa especializada no fabrico de moldes de pequenas e médias dimensões destinados essencialmente às indústrias eletrónica e automóvel.
Os resultados da investigação e os benefícios da aplicação desta técnica para a indústria em geral (e "já bastante utilizada no setor aeroespacial, nomeadamente pela agência espacial norte-americana, NASA), vão ser apresentados nas instalações da Ordem dos Engenheiros, em Coimbra, na sexta-feira.
Durante a sessão será mostrado que "a fabricação aditiva, em geral, e a de metais e ligas metálicas, em particular", assume "uma importância vital, devido à possibilidade de produzir componentes metálicos de pequena série e geometria muito complexa, associado à sua apetência para reduzir significativamente a produção de resíduos, contribuindo para uma solução industrial sustentável", refere Teresa Vieira.
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