Um post de Mark Zuckerberg é sempre escrutinado pelos 31 milhões de pessoas que o seguem no Facebook. O deste domingo, um curto apontamento motivado pelas manifestações em França, não foi diferente. Tanto que o empresário sentiu necessidade de intervir quatro vezes nos comentários – para repudiar a ações do Boko Haram na Nigéria, para admitir um erro da sua equipa e, finalmente, para… ganhar duas apostas – uma de dez dólares e outra de 100 libras.
“Não podem matar uma ideia”, começou por escrever Zuckerberg, ao final da tarde de domingo (hora de São Francisco, início da madrugada de segunda-feira em Lisboa). “É inspirador ver os vídeos de mais de dois milhões de pessoas de todas as religiões, idades, etnias e origens a juntar-se para marcharem unidas.”
O co-fundador do Facebook referia-se às manifestações que, em Paris e por toda a França, desafiaram o medo imposto ao país pelos ataques terroristas da passada semana, com destaque para as execuções no jornal satírico Charlie Hebdo, que se saldaram em 20 vítimas mortais. Um medo que o terrorismo não conseguirá impor, considera Zuckerberg, desde que o mundo esteja ligado – isto é, ligado à Internet.
“Se estivermos ligados, nenhum ataque de extremistas – na Nigéria, no Paquistão, no Médio Oriente ou em França – pode obstruir o caminho do arco da história rumo à liberdade e à aceitação para todos”, conclui. É uma declaração com ressonância no projeto Internet.org, no qual o Facebook está a trabalhar com a NASA para dar acesso à web aos dois terços da população mundial que ainda não o têm.