O relatório selecionou artigos de desinformação dos últimos dez meses, de setembro de 2024 ao final de junho de 2025, destes apenas os pertencentes à UE ou a um dos países europeus foram escolhidos, resultando em cerca de 80 casos de desinformação, o que representa 40% de todas as notícias selecionadas durante esse período.
"A propaganda produz regularmente informações falsas sobre os Estados-membros da UE, mas essas histórias falsas ganham força durante as tensões políticas nesses países", lê-se no relatório.
Um terço de todos os relatos de desinformação sobre os países da UE está ligado à narrativa de que a comunidade está a enfrentar uma crise económica devido a políticas imprudentes dos seus líderes.
Além disso, após a decisão de UE de fornecer ajuda à Ucrânia, os autores de propaganda começaram a alegar que isso era prejudicial à sua população, tendo a narrativa ficado mais intensa para desacreditar a liderança dos países da UE, agora sem qualquer menção militar.
Há dois anos, uma em cada três alegações falsas era dedicada a países europeus, agora esse número é de 42%, sendo que o nível de menções à UE também aumentou de 18% para 30%.
Apesar disso, houve menos 30% de falsas notícias sobre as sanções impostas pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América à Rússia e Bielorrússia.
A desinformação sobre a degradação moral e o abandono dos valores europeus tradicionais caíram para metade nos últimos dois anos, sendo que na análise feita em 2024 não havia menções à narrativa de que os europeus eram contra o apoio à Ucrânia na guerra.
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