Os sistemas de recomendação ajudam a descobrir conteúdos de que se gosta, mas também podem limitar o que se vê, amplificar a desinformação e reforçar preconceitos, refere a organização.
Ao compreender como funcionam os algoritmos, é possível tomar decisões mais inteligentes, identificar desinformação e manter-se mais informado.
Neste sentido, um algoritmo pode ser descrito como "um conjunto de instruções que um computador utiliza para executar uma tarefa, resolver um problema ou tomar uma decisão", sendo usados em diversos contextos e consoante a tarefa em causa.
As redes sociais e os motores de pesquisa utilizam algoritmos de recomendação para decidir que publicações ou resultados de pesquisa mostrar a cada utilizador, pelo que os algoritmos moldam a experiência no mundo virtual, bem como a perceção e interação com o mundo 'offline'.
Por um lado, os algoritmos podem ajudar na sugestão de conteúdo, o que num agregador de notícias, pode significar histórias dos meios de comunicação em que o utilizador mais confia, em vez dos que são raramente consultados.
Por outro lado, estes mecanismos também podem ajudar a disseminar desinformação, permitindo que estas narrativas se tornem rapidamente virais.
"A desinformação provoca muitas vezes uma reação emocional forte e leva à sua partilha num momento de indignação, entusiasmo ou incredulidade. Os algoritmos podem ser explorados para amplificar este tipo de conteúdo, ao interpretá-lo como algo que as pessoas querem ver", lê-se na informação veiculada.
A organização, onde se insere o Observatório Ibérico de Media Digitais (Iberifier), salienta que poder estar preso numa 'bolha' mediática pode significar não estar a ver todo o panorama disponível 'online'.
Assim, a organização alerta para a importância de não acreditar em algo só porque se tornou viral, ler a história completa em vez de apenas olhar para os títulos nas redes sociais e sobretudo procurar várias fontes e aprender a identificar as que são mais confiáveis.
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