Microsoft: IA é melhor em diagnósticos complexos do que médicos humanos

O líder da Microsoft IA diz que a empresa se encontra a desenvolver um sistema de tal forma avançado que, no espaço de cinco a dez anos, será capaz de fazer diagnósticos sem quaisquer erros.

Mustafa Suleyman, microsoft ai

© Getty Images

Miguel Patinha Dias com Lusa
01/07/2025 11:22 ‧ há 2 horas por Miguel Patinha Dias com Lusa

Tech

Microsoft

O CEO da divisão da Microsoft responsável pelo desenvolvimento de Inteligência Artificial (IA), Mustafa Suleyman, afirmou em entrevista ao The Guardian que a sua equipa criou um sistema de IA capaz de atingir resultados superiores do que médicos humanos no que diz respeto a diagnósticos complexos.

 

Suleyman explicou que, com a ajuda modelo o3 da OpenAi, o sistema conseguiu “resolver” oito em cada dez casos de estudo, acima dos dois casos resolvidos por médicos humanos. 

“É bastante claro que estamos a caminhar para que estes sistemas não tenham qualquer erro nos próximos cinco a dez anos. Será um enorme peso que será levantado dos sistemas de saúde de todo o mundo”, afirmou Suleyman, sublinhando que este sistema será mais barato do que recorrer a médicos humanos - sobretudo no que diz respeito aos exames e testes que são pedidos.

O estudo deste sistema foi partilhado na revista científica New England Journal of Medicine, onde a Microsoft adianta que não acredita que os médicos humanos possam ser substituídos na medicina. Por outro lado, este sistema está a ser visto como um complemento.

“Os papéis clínicos [dos médicos] são muito mais abrangentes do que simplesmente fazer um diagnóstico. Eles têm de navegar pela ambiguidade e desenvolver confiança com os pacientes e as suas famílias de uma forma que a IA não foi criada para o fazer”, pode ler-se no estudo em questão.

Recentemente, o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, afirmou que a IA não pode substituir um médico, alertando que ferramentas como o ChatGPT não estão habilitadas a fazer diagnósticos médicos.

"É fundamental afirmar que a IA não é, nem pode ser, um substituto do julgamento clínico, da experiência médica nem do contacto humano. O diagnóstico é parte essencial do ato médico, que envolve não apenas dados objetivos, mas também interpretação contextual, escuta ativa e empatia", afirmou Carlos Cortes, em declarações à agência Lusa.

O bastonário acrescentou que a IA deve ser encarada como uma ferramenta de apoio à decisão clínica e não como agente autónomo de diagnóstico.

[Notícia atualizada às 12:28]

Leia Também: Microsoft adiou chegada de 'chips' de IA de nova geração

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas