Web Summit. Startup portuguesa quer ajudar Brasil a mitigar desastres

A startup portuguesa greenmetrics.ai ambiciona atravessar o atlântico e colaborar com o Brasil na mitigação de inundações no país, disse à Lusa um dos fundadores.

RIO DE JANEIRO, BRAZIL - APRIL 16: People attend the opening of Web Summit Rio 2024, Latin America's premier technology and innovation event, at RioCentro in Rio de Janeiro, Brazil on April 16, 2024. During the opening ceremony, Paddy Cosgrave, founder an

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Lusa
18/04/2024 21:11 ‧ 18/04/2024 por Lusa

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Web Summit

"Conseguimos ter alguma previsibilidade, um aviso antecipado de quando há um evento de inundação", explicou à Lusa Manuel Bastos, no último dia da Web Summit que decorre na cidade brasileira do Rio de Janeiro.

O dispositivo que os antigos colegas do Instituto Superior Técnico de Lisboa criaram consegue detetar com antecipação inundações, permitindo o envio de dados em tempo real para as autoridades competentes.

A startup portuguesa já colabora com algumas cidades em Portugal, como Lisboa e Oeiras, explicou Manuel Bastos, mas ambiciona agora o gigante 'continente' brasileiro.

O Brasil registou mais de 1.000 desastres naturais em 2023, um número recorde para o país, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).

De acordo com dados do órgão responsável pela prevenção e gestão da atuação governamental de desastres naturais, citados pela imprensa brasileira, foram 1.161 eventos, sendo 716 associados a eventos hidrológicos, como transbordamento de rios.

Três semanas antes vieram ao Brasil reunir com várias prefeituras e o "feedback foi excelente ao nível de necessidade", indicou o português, acrescentando que essa viagem e agora a Web Summit fez com que a ambição de criar no Brasil a empresa se tornar-se realidade.

 "Houve um feedback extremamente positivo, o que de facto solidificou a nossa ideia de que o Brasil será o nosso próximo grande mercado", frisou.

O cofundador da greenmetrics.ai deixou ainda elogios à iniciativa da Startup Portugal que apoia estas empresas embrionárias portuguesas na vinda ao Brasil.

 "Fazer a travessia atlântica para cá é um esforço muito grande e iniciativas como esta da startup Portugal são fantásticas", sublinhou.

O Riocentro, realizado na Barra da Tijuca, que termina hoje, recebeu mais de 30.000 participantes, de pelo menos 100 países, mais de 1.000 'startups', cerca de 600 investidores e 600 oradores, numa estrutura apoiada por mais de 210 parceiros e 400 voluntários, de acordo com a organização.

Do lado português, estão presentes 31 'startups' ligadas a áreas de soluções de 'software', metaverso, inteligência artificial e 'blockchain', entre outras, numa participação recorde.

Na edição anterior, 25 'startups' portuguesas participaram no evento, sendo a segunda maior delegação estrangeira logo atrás dos Estados Unidos.

Cabo Verde é outro dos países lusófonos representados, com três 'startups' a participarem no evento que decorre de 15 a 18 no Rio de Janeiro.

O evento tecnológico, que nasceu em 2010 na Irlanda, passou a realizar-se na zona do Parque das Nações, em Lisboa, em 2016 e vai manter-se na capital portuguesa até 2028. A empresa registou também, além do Rio de Janeiro, uma expansão para o Médio Oriente, com a Web Summit Qatar que se realizou no início de 2024.

Leia Também: Cosgrave espera igual empenho do novo Governo para evento em Portugal

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