Cientistas identificaram semicondutor que bate recordes de velocidade
Um grupo de cientistas assegurou que identificou um semicondutor capaz de bater recordes de velocidade, um material identificado como Re6Se8Cl2 pelos investigadores da Universidade norte-americana de Columbia, em artigo publicado na revista Science.
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Os semicondutores, sobretudo o silício, são a base dos computadores, telemóveis e outros dispositivos eletrónicos, mas têm limitações, apesar da sua omnipresença.
"Em termos de transporte de energia, o Re6Se8Cl2 é o melhor semicondutor que conhecemos, até agora", disse o investigador Milan Delor.
A Universidade de Columbia explica que quando o doutorando Jack Tulyag levou, pela primeira vez, o Re6Se8Cl2 ao laboratório de Delor, não o fez para procurar um semicondutor novo e melhorado, ma para provar a resolução dos microscópios com um material que, em princípio, não deveria ter conduzido quase nada.
"Foi o contrário do que esperávamos", disse Delor. "Em vez do movimento lento que esperávamos, vimos o mais rápido de sempre".
A Descoberta pode ajudar a superar as deficiências dos semicondutores, asseguraram os cientistas.
Os semicondutores têm as suas limitações. A estrutura atómica de qualquer material vibra, o que cria unas partículas quânticas chamadas fonões.
Por sua vez, os fonões fazem com que as partículas - eletrões ou excitones -- que transportam a energia e a informação pelos dispositivos eletrónicos se dispersem em questão de nanómetros e femtosegundos.
Isto significa que a energia se perde em forma de calor e que a transferência da informação tem um limite de velocidade, pelo que se procuram melhores opções.
Uma delas é este material denominado Re6Se8Cl2. No seu caso, em vez de se dispersar quando entram em contacto com os fonões, os excitones unem-se a eles para criar novas quase partículas.
Estas novas quase partículas em Re6Se8Cl2 têm uma propriedade especial: são capazes de fluir de forma balística ou sem dispersão. Isto pode levar, no futuro, a dispositivos mais rápidos e eficientes, concluíram os investigadores.
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