A NASA anunciou, na terça-feira, que não irá alterar o nome do seu telescópio James Webb, apesar dos pedidos feitos por elementos da comunidade ligada à agência espacial norte-americana, pode ler-se em comunicado de imprensa.
James Edwin Webb foi diretor da NASA nos anos 60, altura em que as agências governamentais norte-americanas eram, muitas vezes, acusadas de aplicar políticas que discriminavam trabalhadores LGBTQ. Essa razão tem levado vários astrónomos e outros funcionários federais a pedirem a alteração do nome do Telescópio Espacial James Webb.
Tudo isto levaria a agência governamental a lançar, em 2021, uma investigação sobre o alegado papel do antigo diretor no tratamento e despedimento de funcionários LGBT.
Na terça-feira, a NASA divulgou o tão esperado relatório, da autoria do historiador Brian Odom. No referido comunicado de imprensa, a agência espacial deixou claro que não iria proceder à mudança do nome do telescópio, tendo por base as "provas disponíveis".
Para justificar a sua decisão, a agência espacial defendeu que o "relatório não encontrou provas de que Webb fosse um líder ou proponente de despedir funcionários do governo pela sua orientação sexual" durante o seu "tempo de liderança no Departamento de Estado, de 1949 a 1952, e na NASA, de 1961 a 1968".
Apesar da sua decisão, a agência federal destacou que esse "período na política federal - e na história americana mais amplamente - foi um capítulo negro que não reflete os valores da agência nos dias de hoje".
Em causa está uma investigação que, de acordo com a NASA, teve na sua base a "revisão de mais de 50.000 páginas de documentos de coleções de arquivos na sede da NASA; do Centro de Voo Espacial Marshall da NASA; da Administração de Arquivos e Registos Nacionais; dos Arquivos Nacionais do College Park, Maryland; e da Biblioteca Presidencial Truman, para além de literatura secundária e outros trabalhos de historiadores sobre este período temporal".
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