China quer aumentar controlo sobre comentários na Internet

O órgão de controlo da Internet da China elaborou uma lei para regular os serviços de redes sociais e plataformas de vídeo para que revejam os comentários escritos pelos utilizadores antes de serem publicados.

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Lusa
18/06/2022 12:39 ‧ 18/06/2022 por Lusa

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Os novos normativos exigem que os administradores de plataformas empreguem um grupo de moderadores de conteúdos que "correspondam à escala do seu serviço" e melhorem a qualidade profissional da equipa responsável pela revisão de conteúdo, de acordo com um documento divulgado na sexta-feira pela Administração China Cyberspace (CAC, sigla em inglês) e noticiado pelo jornal South China Morning Post, de Hong Kong.

As regras propostas também especificam as punições associadas às infrações: os operadores que não cumpram o regulamento enfrentam advertências, multas e suspensão da função comentários ou até mesmo da totalidade do serviço.

Este regulamento reforçaria as regras existentes, implementadas pelo Governo em 2017, que obrigam as empresas a rever os comentários dos utilizadores na secção de notícias e a reforçar o controlo sobre os meios de comunicação social com a imposição de editores-chefes e redações aprovados pelas autoridades comunistas em todos os 'sites' de informação do país.

As regras existentes estipulam que os utilizadores de redes sociais devem registar-se com suas identidades reais antes de deixar comentários.

Também determinam que os utilizadores que violam as regras podem ser avisados, proibidos de comentar, advertidos para excluir os seus comentários e ver suspensas ou desativadas as suas contas, num esforço das autoridades para controlar as informações que chegam aos cidadãos.

Muitos internautas na China reagiram negativamente à proposta de regulamento, particularmente no Weibo, o Twitter da China.

A China é o país com mais utilizadores de Internet no mundo (cerca de 700 milhões), mas ao mesmo tempo um dos que mais controle exerce sobre o conteúdo da web, estando plataformas como a Google, Facebook, Twitter ou YouTube bloqueados há anos.

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