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Netflix. Crescimento lento de subscritores preocupa investidores

A plataforma de 'streaming' Netflix terminou 2021 com 221,8 milhões de subscritores, um pouco menos do que os 222 milhões esperados, o que preocupa os investidores, de acordo com os resultados do quarto trimestre quinta-feira divulgado.

Netflix. Crescimento lento de subscritores preocupa investidores
Notícias ao Minuto

07:16 - 21/01/22 por Lusa

Tech Netflix

"A fidelização [de assinantes] e o público permanecem fortes, mas o crescimento de novos subscritores não regressou aos níveis pré-pandemia", admitiu o serviço pioneiro do setor, que beneficiou muito das restrições de saúde em 2020 e no início de 2021.

A Netflix prevê apenas 2,5 milhões de novos assinantes para o trimestre atual, perante os quatro milhões conquistados no mesmo período no ano passado.

É preciso recuar a 2010 para encontrar um número tão baixo para um primeiro trimestre, quando o serviço de 'streaming' tinha apenas 13,9 milhões de assinantes.

A sanção foi imediata em Wall Street, tendo o grupo californiano afundado até 20% na bolsa.

"Acreditamos que isto se deve a vários fatores, incluindo a covid[-19], que continua a pesar na economia, e a dificuldades macroeconómicas em diferentes partes do mundo, como a América Latina", sustentou a Netflix, em comunicado.

De outubro a dezembro de 2021, o grupo faturou 7,7 mil milhões de dólares (cerca de 6,8 mil milhões de euros) e acumulou 8,28 milhões de novos subscritores, desempenho em linha com as expectativas do mercado.

A plataforma digital beneficiou do sucesso mundial da série sul-coreana "Squid Game", que foi vista por mais de 142 milhões de assinantes (cerca de dois terços dos utilizadores) em meados de outubro, um mês após o seu lançamento, registando um recorde.

Também pôde contar com a ajuda da última temporada da série espanhola "Casa de Papel".

Para o presente ano, por sua vez, o grupo terá de aguardar até março para lançamentos importantes, como a segunda temporada de "Bridgerton", a segundo mais popular do serviço.

Na última sexta-feira, a Netflix anunciou aumentos entre um e dois dólares (cerca de 1,77 euros) das assinaturas mensais nos Estados Unidos. A opção básica atualmente tem um custo de 9,99 dólares (8,83 euros) e a mais cara 19,99 dólares (17,67 euros).

A partir de 2019, a Netflix começou a ter muitos concorrentes, como a Disney+ e a HBO Max.

Em 2018, arrecadou quase 50% da receita obtida pelas plataformas de 'streaming'.

A empresa eMarketer prevê em 2023 que a sua participação caia para 28%.

A eMarketer também lembra que considera o YouTube e os videojogos ameaças importantes, dizendo que a Netflix lançou os seus próprios jogos para telemóvel no final do ano.

"As recentes incursões da Netflix no comércio eletrónico e nos videojogos mostram que [a plataforma] está a procurar diversificar a sua receita", comentou Paul Verna, da eMarketer.

Como 'player' dominante no 'streaming', a Netflix também enfrenta grandes expectativas.

"Mesmo neste mundo incerto e diante do aumento da concorrência, estamos otimistas sobre as nossas perspetivas de crescimento a longo prazo, pois o 'streaming' substitui gradualmente as formas de entretenimento linear [televisão tradicional, nota do editor] em todo o mudo", acrescentou a Netflix.

Leia Também: Netflix. Há sangue e guerra no novo trailer de 'Vikings: Valhalla'

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