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Universidade de Aveiro patenteia tecnologia para recuperar "terras raras"

A Universidade de Aveiro anunciou hoje que pediu patente internacional para uma tecnologia de recuperação de "terras raras", usadas em aparelhos informáticos e eletrónicos, recorrendo a cascas de frutos secos.

Universidade de Aveiro patenteia tecnologia para recuperar "terras raras"
Notícias ao Minuto

15:45 - 04/11/21 por Lusa

Tech Frutos secos

"A tecnologia que permite a remoção de terras raras recorrendo a cascas de frutos secos vai ser alvo de um pedido internacional de patente, com o apoio da unidade de transferência de tecnologia da Universidade de Aveiro (UA)", informou fonte académica.

De acordo com uma nota da Universidade, essa tecnologia "concretiza os desígnios da economia circular, utilizando um resíduo agroalimentar na valorização de diferentes tipos de resíduos, removendo para posterior recuperação uma matéria-prima essencial para a produção de componentes eletrónicos".

"O grupo de investigação com membros do Rede de Química e Tecnologia (REQUIMTE) e do CICECO-Instituto de Materiais de Aveiro, na UA, liderado por Eduarda Pereira, professora do Departamento de Química, desenvolveu uma tecnologia que utiliza biossorventes derivados de cascas de frutos secos, tais como cascas de noz, avelã, pistacho, amêndoa e amendoim, na recuperação de terras raras de resíduos que contêm estes elementos, nomeadamente resíduos aquosos provenientes da lixiviação de 'lixo eletrónico'", tais como telemóveis, computadores, baterias e lâmpadas em fim de vida , ou resíduos hospitalares, entre outros", descreve.

O método já tinha sido objeto de um pedido provisório de patente em Portugal.

Os minerais designados "terras raras" são matérias-primas de elevado valor económico, com uma vasta gama de aplicação, nas áreas elétrica e eletrónica, medicina, energia verde, entre outras.

"Será vantajoso, crucial até, a sua separação e reciclagem, com vista à reutilização industrial, constituindo este método uma fonte de terras raras alternativa à extração mineira", indica a mesma fonte.

Segundo Eduarda Pereira, a nova tecnologia, assente em produtos naturais, "apresenta uma elevada eficiência na recuperação destes elementos, com menor custo e menor impacto ambiental que as soluções existentes".

"Este processo tira partido da utilização de resíduos da indústria alimentar que não apresentam valor comercial, permitindo assim a sua valorização para remover e recuperar elementos de terras raras, mostrando grande capacidade de remoção destes elementos quando presentes em meios aquosos, numa gama alargada de ph, salinidade e com diferentes concentrações dos elementos a recuperar", explica a coordenadora do projeto.

Leia Também: É importante a Europa garantir que as indústrias "utilizam a tecnologia"

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