Cidadão russo confessa tentativa de extorquir empresa Tesla
Um cidadão russo declarou-se culpado, nos Estados Unidos, de tentar subornar um funcionário da Tesla a instalar um software nocivo na gigante fábrica de baterias elétricas, no Nevada, de modo a utilizar os segredos da empresa para extorsão.
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Auto Tesla
Egor Igorevich Kriuchokov declarou-se culpado, na quinta-feira, durante uma sessão no Tribunal Distrital de Reno (Nevada). Contactado pela Associated Press (AP), o advogado federal atribuído ao cidadão russo recusou hoje prestar declarações.
Os procuradores da acusação alegaram que Kriuchkov atuou com o auxílio de outras pessoas no estrangeiro e subornou pessoalmente com cerca de um milhão de dólares (mais de 800 mil euros) um funcionário da empresa fundada pelo filantropo Elon Musk.
Este funcionário da Tesla teria de instalar um ransomware -- um software nocivo que restringe o acesso ao sistema que foi 'infetado' e cuja reposição apenas é possível com acesso a uma chave digital, que é dada pelos 'captores' mediante o pagamento de um valor ou cumprimento de uma exigência, ou seja, extorsão.
Os grupos criminosos que utilizam este método normalmente descarregam informações do alvo do ataque antes de ativarem o ransomware.
"O facto de ter sido um risco deste tamanho, talvez, sugira que isto foi mão de uma operação de inteligência com o objetivo de obter informações, ao contrário de ser uma operação de extorsão com o propósito de obter dinheiro", disse Brett Callow, analista de cibersegurança na empresa de software de antivírus Emsisoft.
Contudo, "também é possível que os criminosos tenham achado que o risco valia a pena e tenham decidido arriscar", acrescentou o especialista.
A opinião de Callow coincide com a de Charles Carmakal, responsável técnico da empresa de cibersegurança FireEye: "Isto podia ter sido feito a milhares de milhas de distância sem arriscar um ativo."
O FBI disse que o plano foi descoberto antes que qualquer dano pudesse ser feito.
Kriuchkov, de 27 anos, tinha referido em setembro do ano passado a um juiz que sabia que o Governo russo estava a par do seu caso. Contudo, o FBI e os procuradores da acusação não concluíram que houvesse ligações ao Kremlin.
O cidadão russo enfrenta uma pena de até cinco anos de prisão e uma multa de 250.000 dólares (mais de 209.000 euros).
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