Recentemente, o Governo dos EUA proibiu as empresas norte-americanas de usarem equipamento da Huawei e ameaçou os aliados de deixar de partilhar informações militares e de segurança, se for autorizada tecnologia dessa empresa chinesa, alegando riscos de espionagem para o governo de Pequim.
Com a decisão do Governo do Presidente norte-americano Donald Trump, que entrará em vigor dentro de três meses, a Huawei ficou numa situação delicada, pela dependência de 'chips' norte-americanos para o seu equipamento, dizem especialistas.
Hoje, o Presidente chinês quis dar um sinal de confiança aos mercados, que se têm demarcado da gigante tecnológica Huawei, prometendo maior transparência nas relações comerciais e nas parcerias de investigação e desenvolvimento.
"A China está disponível para partilhar com os seus parceiros as suas inovações tecnológicas e o seu 'know-how', especialmente na área do 5G", afirmou hoje Xi Jinping, em São Petersburgo, à margem de um fórum económico, ao lado do seu homólogo russo, Vladimir Putin.
Putin aproveitou para demonstrar a sua solidariedade à China, na guerra comercial com os EUA, condenando as tentativas de "perseguição" à empresa Huawei.
"Já a apelidámos, em vários lugares, de guerra tecnológica da era digital, que está a começar", afirmou Vladimir Putin.
O Presidente russo disse ser incompreensível a atitude dos mercados contra a empresa chinesa Huawei e mostrou-se preocupado com as tendências de controlo monopolista que se ensaiam em alguns setores económicos.
"As tentativas de monopolizar a nova onda tecnológica e de limitar o acesso aos seus resultados trazem o problema das desigualdades globais para um nível nunca antes visto", concluiu Vladimir Putin.