A Amazon decidiu criar uma Inteligência Artificial (IA) de modo a acelerar o processo de recrutamento para a empresa, não contando todavia que esta IA começasse a discriminar contra mulheres que enviassem as suas candidaturas.
Conta a Reuters que uma equipa de engenharia criou uma IA que, depois de alimentada com currículos submetidos por candidatos anteriores para reunir palavras-chave e capacidades necessárias, teria de navegar pela internet em busca de candidatos viáveis. A ideia era poupar tempo, permitindo à equipa obter os melhores candidatos de um determinado número de currículos.
A equipa percebeu todavia que a IA em questão não propunha mulheres como candidatas, o que foi resultado da ‘base de aprendizagem’ que teve tendo em conta que a esmagadora maioria dos currículos que ‘estudou’ era de homens e não de mulheres. A IA determinou então que os homens eram candidatos preferenciais a mulheres.
Mesmo depois de fazer alterações à IA, os engenheiros da Amazon não conseguiram ter a certeza se daí para a frente outros candidatos seriam discriminados, preferindo entretanto abandonar o desenvolvimento do projeto.