"Deputados do PSD estão lá para representar pessoas, não amores próprios"
O novo ciclo que agora começa no interior do Partido Social-Democrata foi um dos temas abordados por Manuela Ferreira Leite no seu espaço de comentário semanal na antena da TVI24.
© Filipe Amorim / Global Imagens
Política PSD
Agora que Rui Rio é líder do PSD, Manuela Ferreira Leite diz esperar “muitas mudanças na forma de fazer oposição” do seu partido. Aliás, a ex-ministra das Finanças acredita que será feita “efetivamente uma oposição ao Governo” e que esta oposição será “como é o timbre de Rui Rio: competente, vigorosa, sem desistências e com os seus objetivos bem marcados”.
Quanto ao caminho que o partido vai agora trilhar, a comentadora crê que o mesmo será baseado numa “visão mais social-democrata do que aquela que tinha sido a orientação dos últimos anos sob a liderança de Pedro Passos Coelho”.
“Foi isso que Rui Rio fez durante os 12 anos em que esteve no Porto [autarquia]: foi rigoroso nas contas, conseguiu uma gestão financeira notável e, simultaneamente, a sua grande obra foi na área social”, apontou, defendendo que as críticas são normais e existem em todos os congressos. “Não existe isso de haver congressos sem críticas”, desvalorizou, sublinhando que Rui Rio “entrou muito bem” no que à “coesão” diz respeito, referindo-se à união feita com Pedro Santana Lopes, adversário de Rio nas eleições diretas do partido.
E por falar em eleições, Manuela Ferreira Leite comentou também aquele que foi o resultado obtido hoje por Fernando Negrão no sufrágio interno para a liderança da bancada parlamentar do PSD – 35 votos a favor num total de 88.
“Não é nada de inesperado uma vez que a bancada é toda constituída pelo anterior líder, não é uma bancada afeta a Rui Rio”, diz a ex-líder dos sociais-democratas, defendendo que “não seria de esperar que tivesse havido uma cambalhota e que fossem agora todos apoiantes de Rui Rio”.
Questionada se esta situação pode vir a criar um problema ao partido, Ferreira Leite é perentória na resposta: “Se criar um problema ao PSD, cria um problema aos deputados que estão lá [Parlamento] em representação das pessoas e não dos seus amores próprios e das suas simpatias pessoais”.
Face ao exposto, a comentadora considerou ainda que “com certeza não haverá uma rebelião na bancada parlamentar”, até porque a partir de agora “cada um deles [deputados] vai começar a trabalhar para entrar na próxima lista e não para sair dela”.
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