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"Verdadeiramente, ninguém sabe quem Rui Rio vai escolher"

O 37.º Congresso Nacional do Partido Social-Democrata arranca, esta sexta-feira, no Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL).

"Verdadeiramente, ninguém sabe quem Rui Rio vai escolher"
Notícias ao Minuto

07:30 - 16/02/18 por Patrícia Martins Carvalho

Política PSD

A poucas horas do início do congresso que vai assinalar a tomada de posse de Rui Rio como 18.º presidente do PSD, o Notícias ao Minuto conversou com fonte próxima da direção de Pedro Passos Coelho para perceber quais as expetativas que se fazem sentir dentro do partido.

Segundo a referida fonte, há uma grande “especulação” sobre o que vai acontecer, pois “neste momento ninguém sabe de fonte segura o que se vai passar no Congresso”. E isto, explica, deve-se ao facto de Rui Rio ser o tipo de pessoa que “quando não quer falar, não fala”.

“E se o fez foi com pessoas tão reservadas que também elas não falam”, o que faz com que “verdadeiramente ninguém saiba quem vai [ele] escolher” para o acompanhar nesta missão de liderar os sociais-democratas.

“Rui Rio vê estas questões de uma forma muito formal e, por isso, acha que até ao Congresso não tem de falar sobre coisa nenhuma”. Embora haja um lado positivo nesta postura, que “raramente acontece num partido durante tanto tempo”, por outro lado, é “negativo, pois dá azo a todo o tipo de especulação”.

E este silêncio, considera, atinge também “aqueles que o apoiaram” durante a campanha eleitoral, havendo, por isso, “alguma inquietação nestas pessoas que se autointitularam como elementos do núcleo duro do líder”, como é o caso de alguns “líderes das distritais”. 

Nomes que "não são consensuais". Um deles é aposta de Fernando Negrão

Antes de Hugo Soares apresentar a sua demissão do cargo de presidente do grupo parlamentar, muito se especulou sobre quem seriam os próximos líderes. Na quinta-feira, Fernando Negrão avançou oficialmente para a corrida à liderança do grupo parlamentar, não havendo, para já, mais sociais-democratas a quererem disputar o lugar de destaque no Parlamento.

Alguns dos nomes que surgiram foram os de Adão Silva e de Luís Campos Ferreira. A mesma fonte próxima da direção de Passos Coelho disse ao Notícias ao Minuto que são nomes que “não são consensuais dentro do partido por razões que não são pessoais”.

“Toda a gente gosta do Campos Ferreira, mas outra coisa é reconhecer nele capacidades de liderança”, refere. Já Adão Silva, diz, está “muito acantonado nas questões de segurança social”, o que não é bom uma vez que, defende, ser líder parlamentar “exige uma preparação genérica e um certo jogo de cintura para se debater qualquer tema publicamente”.

“Há muita gente dentro do grupo parlamentar que acha que essa pessoa não tem características de liderança”, finaliza.

Curiosamente, Fernando Negrão anunciou que proporá como primeiro vice-presidente da bancada o mesmo Adão Silva.

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