Verdes: Estado "chamar a si" responsabilidades que tem "sacudido"
O Partido Ecologista "Os Verdes" defendeu hoje que as alegadas irregularidades na instituição Raríssimas devem levar o governo a reforçar a fiscalização e ponderar "chamar a si responsabilidades que são do Estado" e que tem "sacudido" para estas associações.
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Política Raríssimas
Em declarações aos jornalistas no parlamento, o deputado de "Os Verdes" José Luís Ferreira disse não ter "grandes comentários" a fazer sobre a demissão do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado: "Demitiu-se certamente porque encontrou razões para se demitir, trata-se apenas de um dever".
"O que 'Os Verdes' consideram é que é preciso deixar correr a investigação e fazer o apuramento das responsabilidades. Mas este caso também nos devia levar a pensar na necessidade de evitar que estas situações aconteçam, porque descredibilizam o Estado, são dinheiros públicos que estão em causa, deviam-nos levar a evitar que o Estado possa passar cheques em branco", defendeu.
Por essa razão, o deputado ecologista defendeu que "é necessário que o Estado invista muito na fiscalização de dinheiros públicos e ponderar a necessidade de o Estado voltar a chamar a si responsabilidades que acabou por sacudir para estas instituições".
O Governo divulgou hoje, através de um comunicado oficial, que o primeiro-ministro, António Costa, aceitou pedido de exoneração de Manuel Delgado do cargo de secretário de Estado da Saúde e propôs a nomeação para o seu lugar de Rosa Matos Zorrinho.
A nova secretária de Estado toma posse hoje às 19h30, no Palácio de Belém.
Manuel Delgado deixa o Governo na sequência de uma reportagem transmitida no sábado pela TVI sobre alegadas irregularidades na gestão da Raríssimas - Associação Nacional de Doenças Mentais e Raras, financiada por subsídios do Estado e donativos.
Também a presidente da associação Raríssimas, Paula Brito e Costa, apresentou hoje a sua demissão na sequência de uma investigação da TVI que coloca em causa a sua gestão, noticia o Expresso.
Em declarações ao jornal, Paula Brito e Costa diz que pediu ao ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, a suspensão temporária de funções, enquanto estivesses a decorrer as investigações.
"Esta opção foi estudada pelo gabinete, mas não existe a figura da suspensão temporária no quadro das IPSS e, portanto, saio", explica ao Expresso.
A reportagem mostra documentos que colocam em causa a gestão da instituição de solidariedade social, nomeadamente da sua presidente, Paula Brito e Costa, e refere que Manuel Delgado foi consultor remunerado da Raríssimas, contratado entre 2013 e 2014, com um vencimento de três mil euros por mês.
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