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Bloco acusa militantes de "burla" durante autárquicas e abre inquérito

O partido diz que grupo de militantes que pertencem ao Socialismo Revolucionário se fizeram representar pela campanha do Bloco. Grupo Socialismo Revolucionário fala em “purga”.

Bloco acusa militantes de "burla" durante autárquicas e abre inquérito
Notícias ao Minuto

15:10 - 16/11/17 por Fábio Nunes

Política Polémica

O Bloco de Esquerda instaurou uma Comissão de Inquérito a oito militantes acusados de se terem feito passar pela campanha oficial do Bloco para a freguesia de Benfica durante as autárquicas.

Os militantes em questão, que fazem a denúncia, são membros do grupo Socialismo Revolucionário, indicando que a cabeça-de-lista do Bloco para a freguesia de Benfica, Joana Grilo, terá acusado a organização de “burla”, referindo que venderam “livros” como se fossem publicações do partido e que receberam donativos financeiros que deveriam ser dirigidos ao partido e não ao coletivo Socialismo Revolucionário.

Em publicações colocadas numa página de protesto no Facebook, o grupo Socialismo Revolucionário refuta as acusações de Joana Grilo. 

“Não podemos deixar de classificar estas acusações como gravíssimas, infundadas e, por muito que nos custe, difamatórias e mentirosas”, pode ler-se no post. O grupo acrescenta que está a ser alvo de uma purga por parte dos dirigentes do Bloco de Esquerda.

O grupo explica que queria fazer campanha pelo Bloco em Benfica e que “numa primeira fase, contactámos a Mesa Nacional para a informar desta intenção e para pedir autorização na utilização do material oficial do BE. Na resposta, dada pela Comissão Política, foi-nos recusado o uso de qualquer material oficial da campanha”.

Decidiram então utilizar panfletos próprios e identificarem-se como membros do Socialismo Revolucionário mas mantendo “o apoio ao Bloco”. Os elementos do SR venderam exemplares d'A Centelha, a sua publicação oficial, a tal que o Bloco acusa de serem publicações do partido. 

Quanto ao dinheiro que receberam e que motivou a acusação de burla, o Socialismo Revolucionário esclarece que divulgou um “apelo financeiro explicitando os nossos objectivos políticos e os fundos necessários para os cumprir”, e que portanto o dinheiro não foi dirigido ao Bloco.

Os militantes compareceram perante a Comissão de Inquérito do Bloco de Esquerda no dia 7 de novembro mas recusaram ser inquiridos individualmente.

“Apresentamo-nos juntos, não aceitando o modelo de audições individuais por vós proposto, desde já porque sofremos uma acusação colectiva, mas, acima de tudo, porque não só o processo de inquérito como a conduta da própria Comissão estão feridos de ilegalidades estatutárias e civis, que atentam contra os direitos democráticos de aderentes que, em toda a sua conduta, cumpriram escrupulosamente os estatutos do partido e agiram em conformidade com o espírito do seu Manifesto”.

O Notícias ao Minuto contactou o Bloco de Esquerda para obter uma reação mas o partido recusou fazer qualquer comentário sobre o assunto.

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