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PSD recorda cena de Sócrates para criticar cenário da entrevista a Costa
Líder parlamentar do PSD acusa o primeiro-ministro de "incompetência” no que respeita aos incêndios. “Fomos acusados de oportunismo político por fazermos o nosso papel”, atirou.
© Global Imagens
Política Hugo Soares
Hugo Soares discursou há instantes na abertura das jornadas parlamentares do PSD. Aos militantes, e perante a comunicação social, o líder parlamentar sublinhou que o Orçamento do Estado para 2018 “não serve os portugueses, serve apenas para manter António Costa no poder e como primeiro-ministro de Portugal”.
Antes das eleições autárquicas, todas as medidas que iam sendo conhecidas sobre o Orçamento do Estado do próximo ano fossem "um mar de rosas", apontou o social-democrata, acrescentando que "depois das eleições, veio o que nos quiseram esconder: um aumento dos impostos generalizado, invenção novos impostos, e até um aumento brutal dos impostos aos trabalhadores independentes, os chamados recibos verdes, num ataque sem precedentes à classe média, empreendedores".
O PSD não se escusará, garantiu, a apresentar propostas que “possam reparar algumas injustiças” e para que "este ataque à classe média não tenha o efeito que o Governo, o PCP e o Bloco querem, que é aumentar exponencialmente a carga fiscal sobre trabalhadores independentes em Portugal", sendo certo que “aquilo que nasce torto tarde ou nunca se endireita”.
Dizendo estar consciente de que os votos do PSD não são suficientes para aprovar a proposta, o líder parlamentar do PSD disse esperar que PCP e Bloco não tenham "qualquer tipo de rebuço" em aprová-la. "É bom que os deputados Jerónimo de Sousa e Catarina Martins, que se entretêm ao fim de semana a fingir que fazem oposição ao Governo, sejam consequentes", desafiou.
Mas as críticas acentuaram-se quando o tema em análise foram os incêndios. A este respeito, destacou Hugo Soares que o Executivo falhou e que o grupo parlamentar do PSD foi “o primeiro a apresentar propostas concretas para corresponder às necessidades mais básicas das populações afetadas pelos fogos”.
“Fomos acusados de oportunismo político por estarmos a fazer o nosso papel, a fazer oposição, e a dar voz a um povo que viu o Governo e o Estado falhar”, afirmou, criticando o cenário em que o primeiro-ministro deu, este domingo, uma entrevista à TVI24.
A este propósito, fez mesmo uma brincadeira dizendo: “José Sócrates perguntava se era melhor olhar para a Direita ou para a Esquerda. António Costa pergunta se o extintor fica melhor à direita ou se o capacete à esquerda".
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