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"Guerra de alecrim e manjerona entre Costa e Marcelo não é guerra"

Francisco Louçã debruçou-se, esta sexta-feira na antena da SIC Notícias, sobre a tensão nas relações institucionais entre o Governo e a Presidência da República, no rescaldo dos incêndios de 15 de outubro.

"Guerra de alecrim e manjerona entre Costa e Marcelo não é guerra"
Notícias ao Minuto

23:20 - 27/10/17 por Patrícia Martins Carvalho

Política Francisco Louçã

Para Francisco Louçã, as palavras que Marcelo Rebelo de Sousa dirigiu ao país, dois dias depois dos incêndios que tiraram a vida a 45 pessoas a 15 de outubro, foram “muito fortes” pois “desencadearam a demissão da ministra” que, sublinhou, “hoje sabemos que estava prevista para acontecer quatro dias depois”.

Mas o antigo coordenador do Bloco de Esquerda desvalorizou a questão, dizendo que se tratou “mais de uma questão de gestão de perceção pública do que alteração de ritmos institucionais”.

No seu espaço de comentário semanal ‘Tabu’, Francisco Louçã também retirou importância política ao facto de o Governo ter ficado “chocado” com a declaração de Marcelo Rebelo de Sousa.

Para as pessoas é uma guerra de alecrim e manjerona, porque o que importa é saber como é que, depois de uma desgraça destas, se aprofunda uma política de prevenção e de combate aos incêndios”, explicou, sublinhando, por isso, que “não há guerra nenhuma entre o Presidente e o Governo”.

“Uma guerra de alecrim e manjerona não é guerra nenhuma, é uma fantasia infantil”, destacou, salvaguardando, no entanto, a existência de uma “diferença política” que justificou com o facto de ser “natural para o Governo que a dureza da intervenção do Presidente criasse uma pressão maior”.

“É natural. O Governo estava numa posição de fragilidade e o Presidente numa posição de força”, defende, considerando que a reação socialista às declarações de Marcelo Rebelo de Sousa foi “disparatada”.

Sobre a moção de censura, Francisco Louçã referiu que o Presidente “não devia especular”, reconhecendo que, com a sua intervenção, Marcelo “deu uma mãozinha ao CDS e também ao Governo que aproveitou a rejeição da moção de censura para confirmar o reforço parlamentar do Governo e, portanto, o assunto ficou arrumado”.

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