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Vasco Lourenço aguarda "sentado" que "a procissão saia do adro"

O "flagelo" dos incêndios em Portugal determinaram a tomada de medidas drásticas por parte do Governo. Mas, para Vasco Lourenço, a "procissão ainda vai no adro".

Vasco Lourenço aguarda "sentado" que "a procissão saia do adro"
Notícias ao Minuto

19:41 - 25/10/17 por Notícias Ao Minuto

Política Incêndios

Vasco Lourenço, num texto enviado ao Notícias ao Minuto, começa por recordar que já teve oportunidade de alertar para o facto de surgirem “enormes oposições às medidas drásticas que o Governo teria de ter coragem e força para tomar no sentido de minorar o flagelo dos incêndios em Portugal”.

Pois bem, “o Governo decidiu assumir algumas das medidas que se impõe concretizar. Anunciou-as e começou a tentar implementá-las, ainda que só no campo dos estudos e definições. E, com a procissão a começar apenas a sair da igreja, ainda no adro, a que assistimos?”, interroga-se o ‘capitão de abril’.

Para o presidente da Associação 25 de Abril a resposta é simples: assiste-se a uma “forte reação dos que receiam ver postos em causa os enormes privilégios, os enormes proventos que ganham com o ‘negócio do fogo’”.

Perante as circunstâncias, “conseguirá o Governo dotar-se da força política necessária para assumir as alterações que décadas de prática errática impõem que sejam efetuadas? Estará o Presidente da República decidido a apoiar determinantemente essas medidas, como a sua intervenção pública de 17 de outubro ‘prometeu’?”. Para Vasco Lourenço, as questões vão surgindo, restando-lhe apenas acompanhar a evolução da situação, “sentado para me não cansar muito”.

Nestes cenários, prossegue, gostaria de ver assumida uma “profunda investigação sobre os incêndios de origem criminosa”, apesar de não duvidar que “grande parte deles, porventura a maioria, são provocados por razões naturais, descuidos humanos e atos de demência variada”. Porém, Vasco Lourenço está convicto que “uma quantia razoável deles [incêndios] tem origem criminosa, onde se incluirão os mais variados interesses materiais, mas onde cabem certamente os interesses políticos”.

Além disso, para o ‘capitão de abril’ torna-se imperioso “uma reestruturação dos bombeiros. É tempo de separar as duas funções [de apoio social e de combate aos incêndios] que as corporações de bombeiros voluntários desempenham no país”.

O combate aos fogos deve, para Vasco Lourenço, ser “atribuído a forças profissionais – um serviço cívico nacional (obrigatório) no seio das Forças Armadas, poderá ser uma das soluções – e aos bombeiros voluntários poderá apenas, no campo do combate aos incêndios, ficar reservado um papel complementar”.

Esta estratégica “poderá ser complicada”, assume, mas a “separação das águas clarificará a situação e complicará a vida aos que se alimentam (e se alimentam) do 'negócio do fogo'. Vamos ver se a procissão consegue sair do adro…”

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