"Futuro do PSD passa por Miguel Relvas"
Joaquim Jorge afirma que “o PSD recebeu sobrecarga atrás de sobrecarga” e que “a alta voltagem foi provocada por nunca ter sido capaz de se adaptar à nova realidade – vencer eleições e ser oposição”.
© Joaquim Jorge
Política Joaquim Jorge
Numa altura em que o PSD já conta os dias para a saída de Passos Coelho, o fundador do Clube dos Pensadores admite, num artigo escrito para o Notícias ao Minuto, que o futuro do partido passa por Miguel Relvas.
“Miguel Relvas sempre esteve no PSD e nunca saiu. O futuro do PSD passa por ele”, afirma Joaquim Jorge, perspetivando um cenário que deixa de fora Marco António Costa: “Diz que sai mas continuará. Ele gostava que o futuro do PSD passasse por ele, mas não passará”.
De fora da corrida estão já Luís Montenegro e Paulo Rangel. Sobre o primeiro, Joaquim Jorge arrisca-se a dizer que “não avançou agora porque não estava a contar fazê-lo neste momento”. Já sobre o segundo, o mesmo entende que “não avançou porque não quis trocar o Parlamento Europeu por esta política caseira”.
Admitindo que “Pedro Santana Lopes está a ver as linhas com que se cose o PSD e tem de tomar uma decisão rapidamente”. Entende também Joaquim Jorge que “Rui Rio estava a preparar-se há muito tempo para avançar”, considerando ainda que “a saída de Pedro Passos Coelho deixou vulnerável e desarmado quem lhe estava próximo e quem queria o seu lugar”.
“Ao PSD fez falta ter um fusível, um componente elétrico que interrompe a corrente quando esta é excessiva. O PSD recebeu sobrecarga atrás de sobrecarga”, escreve.
“A primeira sobrecarga verificou-se quando Pedro Passos Coelho venceu as eleições e não foi primeiro-ministro. A segunda sobrecarga verificou-se quando António Costa seguiu outro caminho, sem austeridade, para reverter o défice. E as autárquicas foram o rebentar com o circuito”, explica ainda.
Na opinião de Joaquim Jorge, “a alta voltagem no PSD foi provocada por nunca ter sido capaz de se adaptar à nova realidade – vencer eleições e ser oposição. As descargas de alta tensão devem-se ao seu discurso político e à sua dramatização”. Em suma, “o PSD com Pedro Passos Coelho não estava preparado para suportar este tipo de tensões”.
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