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PSD requer mais informação sobre adesão à cooperação reforçada na Defesa
O PSD requereu hoje ao Governo toda a documentação preparatória sobre o processo de adesão ao mecanismo de cooperação reforçada na área da Defesa e exigiu uma "posição clara", incluindo a avaliação "dos riscos e oportunidades".
© D.R.
Política Requerimento
O requerimento foi entregue hoje pelo grupo parlamentar do PSD, na sequência da audição do ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, na comissão parlamentar de especialidade, na semana passada.
No documento, assinado pelos deputados Sérgio Azevedo e Costa Neves, o PSD requer o envio "de toda a documentação preparatória do Governo utilizada no âmbito das suas orientações diplomáticas assim como as diligências efetuadas junto da REPER [Representação de Portugal junto da União Europeia] e das instituições da União relacionadas com o processo de tomada de decisão de Portugal".
Os deputados exigem ainda uma "posição clara do Governo sobre a adesão ao mecanismo de cooperação reforçada" na Defesa, incluindo, "caso exista", uma "avaliação dos riscos e oportunidades" e do impacto da decisão que vier a tomar.
O PSD vai requerer ao Ministério da Defesa mais informação, estudos e documentos que sustentem as posições portuguesas sobre a adesão ao projeto de Defesa europeia, manifestando acordo de princípio a que Portugal não fique de fora.
Na audição do passado dia 20, no parlamento, o ministro da Defesa recusou, antes de o prazo terminar, em outubro, "abrir o jogo" sobre se Portugal vai aderir ao "grupo da frente" dos países que vão participar no mecanismo de cooperação estruturada permanente na Defesa.
"Seria um erro grave ser Portugal logo a abrir o jogo já, quando tem toda a vantagem prudencial em ir falando com outros países, ver oportunidades que possam ser aproveitadas a partir do momento em que exista o fundo Europeu de Defesa", justificou o ministro.
Contudo, Azeredo Lopes advertiu que Portugal "não está em condições" de apresentar projetos que possam vir a beneficiar desse fundo "em condições semelhantes" a países como a França, Espanha e Alemanha, que estão "na primeira carruagem" do mecanismo.
No requerimento hoje entregue, o PSD sublinha que a União Europeia encontra-se "num momento decisivo" do processo de construção de uma política externa e de segurança, cabendo ao governo conduzir a tomada de decisão "de forma transparente e convicta mas com o envolvimento e contributo do país e dos órgãos de soberania".\
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