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Pedrógão: "Só sabendo tudo se recupera a confiança dos portugueses"
O ministro dos Negócios Estrangeiros garante que tudo será feito para recuperar a confiança dos portugueses.
© Global Imagens
Política Santos Silva
Augusto Santos Silva abordou diversos temas da atualidade nacional numa entrevista na RTP3, garantindo que os casos que preocuparam o país no último mês estão a ser investigados e que as respostas serão inevitáveis e relevantes para se recuperar a confiança dos portugueses.
Sobre Tancos, o ministro dos Negócios Estrangeiros garante que o caso só “ficará bem resolvido quando soubermos o que se passou e quando conseguirmos recuperar o material furtado”.
O mesmo se passa com o trágico incêndio de Pedrógão Grande. Não deixando esquecer que se tratou de algo “absolutamente excecional” do ponto de vista natural, Santos Silva frisou que para além da investigação para se apurar os factos, “há um trabalho de reconstrução de vida das famílias, das habitações, das empresas, da economia e do território”.
“De qualquer das maneiras não sabemos ainda tudo e devemos saber tudo, porque só assim se recupera totalmente a confiança”, reiterou.
E como não é possível falar de Pedrógão Grande sem abordar a questão do SIRESP, o ministro deixou claro que este falhou “flagrantemente”, mas não vê o caso como sendo passível de generalização. “O SIRESP não funciona com eficácia, mas relativizemos. Mesmo quando o SIRESP claudicou, funcionou sempre em modo local. Isto é, as pessoas que estavam no terreno comunicavam entre si”, justificou.
“Mas sabemos que o nosso sistema de Proteção Civil continua a responder positivamente aos fogos florestais que no verão sempre ocorrem e os bombeiros continuam a ser incansáveis. As Forças Armadas também têm apoiado os bombeiros e Proteção Civil de uma forma exemplar e tudo isso contribui para repor a confiança do país e da sua população”, realçou o ministro.
Questionado sobre o regresso dos bloqueios do SIRESP no incêndio de Alijó, Santos Silva recordou que a Proteção Civil se referiu às falhas como sendo “mínimas”, sendo que “em nada afetaram o combate aos incêndios”.
Porém, e tendo em conta que a investigação está em curso, o número dois de António Costa garante que é preciso fazer perguntas. “Podemos confiar nesse sistema de comunicações? O que temos de alterar para que funcione melhor? Devemos pedir responsabilidades à gestão desse sistema? É um sistema contratado pela Estado e o consórcio também deve explicações”, disse.
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