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BE acusa Câmara de Lisboa de ser "promotora de especulação imobiliária"

O candidato do BE à presidência da Câmara de Lisboa, Ricardo Robles, acusou hoje a maioria socialista na autarquia de ser "promotora de especulação imobiliária" em casos como o do antigo cinema Odeon e do Ateneu Comercial.

BE acusa Câmara de Lisboa de ser "promotora de especulação imobiliária"
Notícias ao Minuto

22:14 - 13/07/17 por Lusa

Política Ricardo Robles

"Quando deveriam ter defendido do património, quando deveriam ter defendido estes equipamentos culturais, foram os principais promotores deste processo de especulação", disse o candidato à agência Lusa, no final da "Ação Pela Reabilitação, Contra a Especulação", promovida pelo BE.

O local da iniciativa não foi escolhido ao acaso, segundo Ricardo Robles

"Fizemos [a ação] no cruzamento entre o Odeon e o Ateneu Comercial de Lisboa porque são, precisamente, dois edifícios históricos da cidade de Lisboa, relacionados com a cultura, numa zona onde a especulação imobiliária está mais forte", frisou.

O candidato apontou, também, que "o Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade e Zona Envolvente esteve durante vários anos parado e está agora a avançar exatamente nessa perspetiva de conversão de alguns destes edifícios históricos, com alterações cirúrgicas, para que passem do uso coletivo, dos equipamentos, para o uso habitacional ou uso terciário".

No final de abril passado, o executivo municipal aprovou um projeto de arquitetura para transformar o antigo cinema Odeon, encerrado desde os anos 90 do século passado, num edifício com 10 apartamentos e uma loja.

Localizado junto ao Coliseu dos Recreios, o Cinema Odeon foi inaugurado em 1927 num edifício em estilo 'art déco', acolhendo filmes do cinema mudo e sonoro e outros espetáculos, nomeadamente de teatro radiofónico.

O cinema encerrou nos anos 90 do século passado, numa altura em que só projetava filmes pornográficos.

O edifício foi esvaziado do seu recheio e as fachadas encontram-se atualmente vandalizadas e em mau estado.

No caso do Ateneu Comercial de Lisboa, trata-se de uma associação cultural fundada a 10 de junho de 1880, que tinha um amplo plano de atividades culturais, recreativas e desportivas.

A funcionar num palácio na rua das Portas de Santo Antão, o ateneu enfrenta desde 2012 um processo de insolvência, com dívidas de 300 mil euros.

Para reverter casos como estes, Ricardo Robles vincou que "a Câmara Municipal de Lisboa tem de ter uma intervenção forte que passa, primeiro, por exercer o direito de preferência em algumas destas transações e, portanto, adquirir algum destes prédios quando o valor da aquisição for justificável".

Depois, podem ser usados "tanto para espaços de produção cultural, como para a habitação a custos acessíveis", sugeriu.

As próximas eleições autárquicas estão marcadas para 01 de outubro.

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