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Reino Unido ameaça sair da UE "como Coreia do Norte ameaça atacar"

John Hardy, conselheiro da rainha de Inglaterra, defendeu hoje em Macau que as ameaças do Reino Unido de saída da União Europeia são semelhantes às que a Coreia do Norte costuma lançar, considerando-as apenas como uma estratégia política.

Reino Unido ameaça sair da UE "como Coreia do Norte ameaça atacar"
Notícias ao Minuto

11:22 - 28/05/13 por Lusa

Política Conselheiros

"Esta mentalidade de saída [da União Europeia], ao invés da necessidade de se promover reformas necessárias, preocupa-me e, exatamente da mesma forma, a Coreia do Norte diz que vai atacar toda a gente, mas sabemos que não vai. É tempo de estas nações e da sua gente crescerem", disse John Hardy à agência Lusa.

O responsável falava à margem de uma conferência sobre cooperação judiciária internacional em Macau.

O também "barrister" lamentou a existência no seu país, "perante a ascensão de formações políticas como o Partido da Independência do Reino Unido, de um nível de insatisfação com a União Europeia, em particular, e com a operacionalização da Convenção Europeia dos Direitos Humanos na lei" britânica.

Esta situação "revela um grande nível de deturpação dos ‘media', de que os políticos procuram retirar vantagem, uma falta de sentido de Estado e de perspetiva e de sentido da integração necessária da Europa", disse, vincando que este é um "ponto de vista pessoal".

Ao apontar que "o senhor Cameron [primeiro-ministro britânico] vai a cimeiras e diz efetivamente ‘se não renegociarmos os nossos termos, vamos sair da União Europeia'", Hardy considerou que isso não irá verificar-se em última instância porque as consequências "seriam desastrosas".

"O Governo britânico propõe a retirada da parte do Tratado de Lisboa que regula os sistemas de justiça criminal e isso significaria que o Reino Unido sairia do esquema europeu do mandado de prisão, da rede de formação judiciária", indicou.

Por outro lado, disse, a saída do Reino Unido, "além de causar o completo colapso da cooperação judiciária internacional, policiamento internacional, amplas políticas da União Europeia contra o crime e inúmeros sucessos no trabalho de inteligência transfronteiriça, iria ter consequências económicas e culturais enormes".

Ao realçar que se enquadra no grupo pró-europeu, John Hardy reconheceu que não considera que a "Europa seja uma coisa maravilhosa em termos de operacionalização, mas sim em termos do conceito".

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