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Financiamento dos partidos? "PS e PSD deram um passo atrás"

Na opinião de Joaquim Jorge, os partidos políticos descredibilizam-se ao financiarem-se com dinheiros públicos.

Financiamento dos partidos? "PS e PSD deram um passo atrás"
Notícias ao Minuto

16:17 - 27/09/16 por Notícias ao Minuto

Política Joaquim Jorge

O fundador do Clube dos Pensadores, considera que tanto o PS como o PSD “deram um passo atrás” na questão do financiamento público dos partidos políticos, ao admitirem agora discutir no Parlamento a conversão dos cortes temporários das subvenções políticas em definitivos.

Para Joaquim Jorge as declarações de António Costa no debate quinzenal, no qual o primeiro-ministro disse que o Governo não vai introduzir qualquer medida de alteração ao actual regime no Orçamento do Estado, significam caminho aberto para uma reversão dos cortes a 1 de Janeiro.

“Isso fará com que, a partir de 1 de janeiro de 2017, a redução decidida em 2010 deixe de estar em vigor. Se a reversão for definitiva, fará entrar nos cofres do PSD e do PS cerca de 1,3 milhões de euros por ano”, estima Joaquim Jorge, admitindo que “a democracia tem um custo ”, mas que esse ‘preço’ deve ser muito menor. Joaquim Jorge defende, aliás, que a subvenção pública destinada ao financiamento dos partidos assim como o ‘preço’ das campanhas eleitorais devem ser reduzidos ao “estritamente necessário”.

Observando que os portugueses “não compreendem que se gaste tanto dinheiro para fazer política e que se gaste dinheiro para apelar ao voto”, Joaquim Jorge vê nessa caraterística um factor para que cada vez menos gente vá votar. “Há aqui qualquer coisa que não bate certa!”, frisa.

No seu entendimento, as despesas de campanha eleitoral deveriam ser reduzidos a muito mais. “Um partido deveria financiar-se marcadamente com receitas próprias ou financiamento privado ou do bolso dos seus militantes e simpatizantes”, refere, adensando as críticas aos às estruturas partidárias.

“Já deveriam, há muito tempo, para bem da sua credibilidade e da própria democracia, reconhecer a realidade do nosso país e irem de encontro ao que pensam os portugueses - menos gastos com tudo que tenha que ver com política”. Mais, os partidos “em vez de fazerem parte da solução são parte do problema”.

Retomar o tema da reposição dos cortes do financiamento dos partidos, como deu a entender Costa no debate quinzenal ao responder a uma questão de Catarina Martins sobre se os cortes seriam para manter [no qual Costa vincou que "a democracia tem custos e não vive sem partidos"], significa, para Joaquim Jorge, dar “tiros nos pés”.

A credibilização da política, argumenta o fundador do Clube de Pensadores, “passa pelo exemplo” e são os políticos quem devem assumir esse papel, gastando menos. “Todavia os senhores dos partidos votam em causa própria, o que está mal”, conclui. 

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