Entrevista a Carlos Alexandre? Diferentes versões de um "deslize"
No espaço de debate semanal na antena da SIC Notícias, António Vitorino e Pedro Santana Lopes discutiram a entrevista de Carlos Alexandre.
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Política Notícias
António Vitorino e Pedro Santana Lopes voltaram a falar sobre as entrevistas concedidas por Carlos Alexandre à SIC e ao Expresso e revelaram a sua opinião sobre o facto de o ‘super juiz’ se ter referido a alguns pontos do caso Sócrates.
“O tempo é curioso”, começa por dizer o socialista. “Ser nesta altura, sobretudo a escassos dias de se saber se havia acusação ou prolongamento do prazo do caso da acusação… O tempo não é provavelmente uma coincidência, foi deliberado”, acrescentou.
Nesta senda, Vitorino afirmou não acreditar que se tratou de um “deslize” quando Carlos Alexandre fez “referências totalmente explícitas ao caso do engenheiro José Sócrates”.
Relembrando que o juiz garantiu que não podia falar de processos, Vitorino frisou que “qualquer observador percebe perfeitamente que havia uma tomada de posição dizendo ‘eu subscrevo a tese do Ministério Público’”.
Já Pedro Santana Lopes realçou que todas as pessoas têm o direito de dar entrevistas, sabendo os limites que estas devem ter. Questionado sobre se Carlos Alexandre ultrapassou os limites, o social-democrata foi perentório: “Não”.
“Acho muito curioso que se fale sobre os limites que um juiz pode ultrapassar fazendo uma referência a um processo quando temos a maior parafernália, e confusão, contra o cumprimento da lei em muitos aspetos do sistema judicial português, em que tudo o que é do processo vem cá para fora quando está em segredo de justiça, em que se publicam os inquéritos a arguidos… Tudo isso está em causa e o conselho superior vai analisar se o juiz se estava a referir ou não”, concluiu, salvaguardando que as palavras do juiz poderão ter sido um deslize.
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