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CDS antevê "dificuldade" para aplicar pacto sugerido pelo Presidente

A presidente do CDS-PP disse hoje antever "alguma dificuldade" na aplicação aos partidos políticos de um "pacto" na justiça, sugerido pelo Presidente da República, devido à "falta de vontade" do PS, PCP e BE para consensos.

CDS antevê "dificuldade" para aplicar pacto sugerido pelo Presidente
Notícias ao Minuto

20:02 - 01/09/16 por Lusa

Política Justiça

O CDS-PP tem-se "preocupado sempre em trazer para o debate político matérias que possam gerar consensos", afirmou Assunção Cristas, dando como exemplos várias questões sociais, como a natalidade, segurança social, envelhecimento ativo e proteção aos mais idosos.

"Aquilo que temos visto no Parlamento, do lado do PS, do PCP e do Bloco que Esquerda (BE), é uma total falta de vontade" em poderem "acompanhar, sequer, um debate construtivo nestas matérias", contrapôs, em declarações aos jornalistas em Montemor-o-Novo (Évora).

E, além destas matérias em que o CDS-PP "tem contribuído ativamente para procurar gerar consensos", há "outros exemplos na área da justiça", referiu.

Em matéria de justiça, "no que diz respeito aos partidos políticos", Assunção Cristas disse ver "com alguma dificuldade" que se alcancem "pactos" ou entendimentos alargados "porque, até agora, não houve um sinal de vontade de fazer consenso em relação ao que quer que seja", do lado do PS, PCP e BE.

O repto para um "pacto" na justiça envolvendo os diversos agentes judiciários foi lançado hoje pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Segundo o Chefe de Estado, que falava hoje na cerimónia de abertura do ano judicial, devem ser os parceiros judiciários a abrir caminho a um "pacto de justiça" entre os partidos, possivelmente "delineado por fases ou por áreas", e pediu-lhes que criem "plataformas de entendimento".

"Tanto quanto sei, o repto foi lançado aos próprios atores da justiça e, portanto, eu espero que possamos trabalhar essa matéria. Certamente, não será o CDS a colocar-se de fora de qualquer ação construtiva em relação a esse tema ou a outros", sublinhou ainda Assunção Cristas.

Durante a visita que efetuou hoje à Feira da Luz -- Expomor 2016, no Parque de Exposições e Leilões de Gado de Montemor-o-Novo, a líder do CDS-PP foi ainda questionada pelos jornalistas sobre um eventual aumento de pensões defendido pelo PCP e BE, no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (OE2017).

"Este é um tempo de muito ruído entre PCP, BE e PS. Nós [CDS-PP] cá estaremos para olhar para aquilo que é o resultado do OE2017, quando ele for apresentado".

Segundo Assunção Cristas, "não há possibilidade" de as pensões terem um crescimento sustentável em Portugal, se o país não tiver "a economia a crescer".

"E isso não está a acontecer", criticou, afirmando que, ao invés das previsões do Governo, que apontavam para um crescimento de 1,8% "neste momento", a economia portuguesa cresceu "0,9%", ou seja, "metade" do valor apontado pelo executivo PS.

Portanto, sublinhou, "quem quer falar de aumento de pensões para os mais carenciados ou para os outros que estão numa faixa intermédia, primeiro tem que defender também políticas económicas que permitam gerar riqueza e isso não está a acontecer".

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