Evitar "excessos de dramatização" e a "pura desvalorização", diz Passos

Pedro Passos Coelho falou ao povo português. Além de mostrar confiança no “projeto europeu”, deu ainda “uma palavra de tranquilidade para todos os portugueses que vivem no Reino Unido”.

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Inês Esparteiro Araújo
24/06/2016 18:23 ‧ 24/06/2016 por Inês Esparteiro Araújo

Política

Reino Unido

Trata-se de uma decisão soberana do Reino Unido, que devemos respeitar, dado que ela é uma decisão eminentemente democrática e, como referi, soberana”. Foi assim que Passos Coelho iniciou o seu discurso esta tarde, a primeira vez que falou após os resultados do referendo britânico, que deram a vitória ao ‘sim’, saindo assim o Reino Unido da União Europeia.

Apesar de concordar que esta foi uma decisão que muda o quadro europeu, apelou para que se evitem “excessos de dramatização”: “Creio no entanto que devemos evitar nesta altura quer os excessos de dramatização, quer a pura desvalorização da decisão do referendo britânico. Não devemos desvalorizar na medida em que se trata da primeira vez que algum pais que tenha entrado no projeto europeu, o decide abandonar (…) Mas não devemos também dramatizar excessivamente esta situação”.

Assim, relembrou: “É muito importante para todos os europeus e portugueses que tenhamos bem presente que o Reino Unido decidiu sair da União Europeia mas não saiu da Europa. Comunga no essencial aqueles que são os valores europeus e, em particular no que respeita a Portugal, é o nosso mais antigo aliado e comunga com Portugal de uma dimensão atlântica na nossa política externa que devemos saber preservar”.

Aos portugueses a viver no Reino Unido, tranquilizou-os. Relembrou que “como portugueses estamos convictamente no projeto europeu” e a “liderança do Reino saberá estar à altura da consequência desta decisão que foi tomada”.

“Queria dar uma palavra de tranquilidade para todos os portugueses que vivem no Reino Unido. Não só o Governo português tem essa responsabilidade, como as próprias regras europeias preveem o acompanhamento desta situação. Não deixaremos (…) de zelar para que os portugueses que vivem no Reino Unido possam ver garantidos os seus direitos”, concluiu na conferência de impresa na sede do partido, em Lisboa.

Depois da decisão do eleitorado britânico, David Cameron já anunciou a sua demissão, que deverá acontecer em Outubro.

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