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'Geringonça' mostra mudanças de opinião de Ferreira Leite

Adensa-se o debate político em torno dos contratos de associação entre os colégios privados e o Estado.

Notícias ao Minuto

22:21 - 23/05/16 por Notícias Ao Minuto

Política Colégios

Desta vez, foi a vez do site ‘Geringonça’ que resolveu lançar achas para a fogueira dos contratos de associação, partilhando um vídeo onde surge Manuela Ferreira Leite a comentar o assunto, em dois momentos distintos: um em maio de 2016 e outro em julho de 2015.

No primeiro comentário, o mais recente, a comentadora da TVI 24 questiona-se sobre a razão pela qual o “problema foi levantado” pelo ministro da Educação, Triago Brandão Rodrigues.

“Em 2015, os critérios estavam estabilizados, as contas feitas, houve concursos. Porque é que este problema foi levantado? Tencionava fazer o quê?Está a dizer que os concursos foram mal feitos? Está a pôr em causa que os cálculos foram errados? (…) Se as escolas estão a funcionar bem. Se são procuradas para que os seus filhos vão para lá. Se respondem aos resultados que se espera dessas escolas. Não vejo porque é que aquilo que funciona bem se há-de mexer. Escapa-me completamente porque é que o ministro, estando várias escolas a funcionar bem, foi arranjar este problema porquê? Só por falta de sensatez, provavelmente”, conclui a social-democrata.

Ora, o vídeo confronta a opinião de Manuela Ferreira Leite com aquela que proferiu em julho do ano passado. Na altura, afirmou: “Existe uma rede pública que, por motivo de reduzir tantos alunos, aquilo que está a acontecer é fechar escolas, porque está a diminuir a procura. No caso em que existe uma rede pública, porque é que nós vamos ter que apoiar uma rede privada, se temos uma pública e se vamos ter que a pagar e se não podemos deixar de a pagar? Não consigo entender", reforça. 

Questionada sobre a liberdade de escolha, Ferreira Leite disse: "Não tenho nada contra. Tem graça nos três primeiros anos, ao fim de dez anos, ficámos com um setor em que a qualidade do ensino no privado é para alguns, enquanto que o público vai ficar apenas com a parte de menor qualidade e para aqueles que menos podem. E portanto, (…) quer dizer que entrámos num regime “assistencialista”, opina a comentadora e antiga ministra das Finanças, justificando que essa não é a matriz social-democrata.

“Uma coisa é o Estado ser libertado de determinado tipo de funções que podem verdadeiramente ser desempenhadas pelo privado [quer na saúde, quer na educação], mas isso não quer dizer que o Estado social, assente nos seus pilares, não tenha o Estado que oferecer este serviço em qualidade e em quantidade à população e não passar para o privado e o Estado ficar a olhar para aqueles que não podem pagar”, remata. 

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