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PS acusa PSD de usar "truques". PSD fala em "lucubração intempestiva"

O PS, pelo deputado João Galamba, acusou hoje o PSD de usar "truques" na comissão parlamentar de inquérito sobre o Banif desde o primeiro dia de trabalhos, com os sociais-democratas a falarem numa "lucubração intempestiva" do socialista.

PS acusa PSD de usar "truques". PSD fala em "lucubração intempestiva"
Notícias ao Minuto

22:35 - 11/05/16 por Lusa

Política Banif

"O PSD insiste nestes pequenos truques e insiste em ler declarações truncadas do ministro" das Finanças, Mário Centeno, vincou o deputado e também porta-voz do PS João Galamba, que interpelava o presidente do Santander Totta, Vieira Monteiro, mas aproveitou os primeiros minutos da sua intervenção para se dirigir aos sociais-democratas.

Em causa estava a compra de 1,8 mil milhões em títulos de dívida soberana portuguesa pelo Santander Totta, operação concretizada em fevereiro, depois da resolução do Banif e venda ao Santander, em dezembro - o PSD advoga que há contradições entre o que o banco e o ministro das Finanças dizem sobre esta operação.

"As condições desta operação foram predefinidas no princípio do mês de fevereiro", sublinhou o socialista João Galamba, que quando confrontado por apartes sobre o tempo que estava a levar nas críticas ao PSD ao invés de perguntas ao depoente de hoje da comissão, devolveu: "Gastarei o tempo que for necessário a esclarecer os truques [do PSD]".

Mais à frente, o deputado do PSD Carlos Abreu Amorim, coordenador social-democrata na comissão, lembrou que há "várias formas de tentar alcançar a verdade" sobre esta matéria, não só através de documentos mas também por via de audições no parlamento.

"De facto há aqui confusões, mas elas não partem do grupo parlamentar do PSD", defendeu, acrescentando que há as "atas das audições", inclusive de Mário Centeno, e "o comunicado do Santander" sobre a operação de dívida para responder ao que diz ter sido a "lucubração intempestiva" do PS.

A compra de 1,8 mil milhões em títulos de dívida soberana portuguesa pelo Santander Totta em fevereiro não está relacionada com a aquisição do Banif concretizada no final do ano passado, reforçou a 05 de maio o Ministério das Finanças.

"A aquisição de dívida pública não foi uma contrapartida que estivesse na negociação com o Santander, tanto que o processo de resolução foi da competência da Autoridade de Resolução [Banco de Portugal] e não do Ministério das Finanças", assegurou nesse dia, em comunicado, a entidade.

E realçou: "Trata-se de situações distintas e tratadas em momentos diferentes pelas respetivas entidades responsáveis por cada um dos processos. Repor os níveis do 'cash buffer' [almofada de capital] foi uma necessidade desde logo identificada, uma vez que houve uma saída de um elevado montante do IGCP [Agência de Gestão da Tesouraria e Dívida Pública] ".

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