Igreja fala em "afronta". Bloco diz que não esperava polémica
O Bloco de Esquerda criou dois novos cartazes para assinalar a aprovação da lei que permite a adoção por parte de casais do mesmo sexo.
Política Cartaz
O Bloco de Esquerda diz que o partido não pensou que a utilização da imagem de Jesus Cristo para assinalar a aprovação da lei que permite a adoção por parte de casais do mesmo sexo fosse levantar polémica.
“Não estávamos certos que fosse levantar polémica uma vez que na sociedade portuguesa já existe uma grande abertura e consciencialização”, disse à SIC a deputada Sandra Cunha.
"Jesus também tinha 2 pais", pode ler-se ao lado de uma imagem de Jesus Cristo, a que se segue a data em que o “Parlamento termina discriminação na lei da adoção”.
Esta imagem circula nas redes sociais mas segundo o site Esquerda.net, não será afixado publicamente.
Um outro cartaz, colcado no Campo Pequeno, e que representa várias famílias compostas por casais homossexuais e heterossexuais e uma monoparental, com a palavra “igualdade” em destaque, será "o único cartaz que o Bloco imprimiu e que afixará publicamente".
Além disso a frase escolhida - "Jesus também tinha dois pais" - não é da autoria do Bloco mas sim parte do movimento internacional pela igualdade de direitos e habitualmente utilizada pelos crentes de vários países para defender a adoção por parte de casais do mesmo sexo.
No entanto, a controvérsia está lançada: o porta-voz da Conferência Episcopal, Manuel Barbosa, considerou o cartaz com a imagem de Jesus "uma afronta aos crentes" e o CDS lamentou o que diz ser uma "ofensa gratuita".
Ofender ou afrontar os crentes não era de todo o objetivo do Bloco, assegura Sandra Cunha. Apenas “assinalar uma grande conquista” e “promover a desconstrução de preconceitos”.
"O Bloco de Esquerda respeita todas as convicções religiosas" e quis apenas "com recurso ao humor, chamar a atenção para a conquista da igualdade entre todas as famílias", escreve o partido em comunicado.
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