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Candidatura "desenvergonhadamente de Esquerda" para "derrubar" Marcelo

Edgar Silva assume candidatura à Esquerda e apoio do Partido Comunista. Maria de Belém assume que gostaria de ter o apoio da Esquerda, caso Edgar Silva não siga para uma segunda volta.

Candidatura "desenvergonhadamente de Esquerda" para "derrubar" Marcelo
Notícias ao Minuto

22:40 - 02/01/16 por Andrea Pinto

Política Edgar Silva

Em debate na SIC Notícias, Edgar Silva assumiu que a sua candidatura é apoiada “pelo Partido Comunista”, tal como há “uma candidatura que é apoiada pelo PSD e CDS”.

“A minha candidatura é despojadamente de Esquerda, desavergonhadamente de Esquerda. A candidatura que estou a encabeçar reconhece a necessidade de derrubar o candidato de Direita”, começou por afirmar o candidato presidencial.

Posto isto, o jornalista o canal de Carnaxide questionou se a sua candidatura tem como principal preocupação apenas “derrubar Marcelo”, ao que Edgar Silva respondeu: “Esta candidatura tem condições para crescer, não só para derrubar Marcelo mas para ser uma candidatura vasta e com mais aceitação do eleitorado”.

Já Maria de Belém considerou que o cargo de “Presidente de República é um órgão de soberania único e em relação ao qual os perfis dos candidatos fazem toda a diferença, independentemente da localização ideológica”.

Apesar disso, a candidata socialista não negou que ficaria satisfeita com um apoio da Esquerda, numa segunda volta. “Claro que gostaria de ter o apoio da Esquerda à minha candidatura bem como de todos os que se revêm na minha forma de ser e estar”, disse.

Portugal e a União Europeia

Em debate sobre o Tratado Orçamental e o papel de Portugal na União Europeia, Maria de Belém defendeu que é necessário “exigir a defesa dos nossos direitos e dos nossos interesses e fazer valer e exigir um tratamento de igualdade”, enquanto Edgar Silva referiu que “as políticas que interessam a Merkel e aos seus amigos não são as que interessam aos portugueses. Esse não é o modelo que queremos”

“Dizia não cumprimos? E deixava de estar na União Europeia? Rasgaria os tratados?”, questionou, indignada, Maria de Belém, garantindo que é “uma pessoa de palavra” e que na sua opinião um Presidente da República “tem de assegurar que os tratados internacionais, enquanto não forem alterados, são cumpridos”.

Crise do Banif

A crise do Banif e a solução encontrada para apoiar o banco e que consta no Orçamento Retificativo apresentado pelo Governo também esteve em cima da mesa. Ambos os candidatos mostraram-se de acordo com a solução encontrada, porém a posição de Edgar Silva, que vai contra a do PCP e contra a ideia que tem da UE, levou-o a ser alvo de criticas.

“Manifestou a sua imposição contra UE e agora viabilizava” o Orçamento?, inquiriu a candidata. Edgar Silva defendeu-se dizendo que “enquanto Presidente da República não poderia pôr de parte ou discordar da possibilidade de viabilização de um documento desta importância”.

Já Maria de Belém não mostrou qualquer dúvida de que seria esta a sua decisão.

“Viabilizaria porque a partir do momento em que o Governo herdou este problema era difícil arranjar outra solução se não a imposta pela UE. Acho que é muito importante que este caso seja esclarecido até ao fim”, disse, referindo que uma das soluções para que estas situações deixem de acontecer passa por o chefe de Estado ter uma maior intervenção nas mesmas.

“Isto mostra como é indispensável que o Presidente seja informado cabalmente destas situações, porque uma vez informado pode influenciar quer o Governo, quer a entidade reguladora, para uma solução que não venha a prejudicar os contribuintes”, referiu.

 

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