Costa enfrenta socialistas que querem conhecer acordo à Esquerda
São muitas as vozes socialistas que têm criticado a aproximação do líder socialista ao PCP e ao Bloco.
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Política Comissão Nacional
O acordo entre os três partidos da Esquerda parece certo, embora pormenores não sejam conhecidos. E é exatamente esta a questão que está a deixar alguns socialistas com os 'nervos em franja’.
Segundo o jornal i, António Costa não deverá apresentar hoje um plano concreto daquele que é o acordo com Jerónimo de Sousa e Catarina Martins. Pelo menos, acrescenta o jornal, era essa a indicação que o gabinete do líder socialista tinha esta quarta-feira à noite.
E este é um facto que promete gerar controvérsia na Comissão Política do PS que se realiza esta noite, uma vez que são muitas as vozes, não apenas da ala segurista, que criticam a aproximação do PS aos outros partidos da Esquerda, pelas posições muito radicais que PCP e Bloco têm quanto a questões internacionais.
O ex-comissário europeu António Vitorino já deixou claro que quer “ver para crer” o acordo alcançado entre PS, PCP e Bloco. A isto, Fernando Medina, sucessor de António Costa na Câmara Municipal de Lisboa, acrescentou numa crónica escrita no Correio da Manhã que é necessário serem conhecidos os “termos concretos do entendimento” entre os três partidos.
O ex-diretor da campanha eleitoral de Costa, Ascenso Simões, utilizou a sua página pessoal no Facebook para colocar uma questão: “Deve o PS assumir os riscos de uma gestão dificílima, em que, sem qualquer linha de contacto à direita, se confrontaria logo no primeiro Orçamento com o inevitável aumento da despesa e a circunstância previsível de incumprir as obrigações europeias?”.
Sérgio Sousa Pinto, que entretanto abandonou a direção socialista, já disse que o acordo à Esquerda é uma “barafunda suicida” e Vera Jardim avisou que o “problema é encontrar uma solução que não seja momentânea, que dê viabilidade ao programa e ao Orçamento”.
Todas estas opiniões são fatores que vão pesar na reunião, de mais logo, da Comissão Política e que podem condicionar o resultado do encontro dos socialistas, especialmente se António Costa não revelar em que pressupostos assenta o acordo com o PCP e o Bloco de Esquerda.
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