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"Governo tem sido um gestor sábio deste memorando"

O social-democrata Luís Menezes defendeu, esta quarta-feira, a gestão da coligação PSD/CDS-PP, advogando que os sacrifícios suportados pelos portugueses estão "a dar frutos", que se traduziram na emissão de dívida a cinco anos e na redução do défice.

"Governo tem sido um gestor sábio deste memorando"
Notícias ao Minuto

20:05 - 23/01/13 por Lusa

Política Menezes

"O Governo tem sido um gestor sábio deste memorando", afirmou o deputado e vice-presidente da bancada do PSD, numa declaração política no parlamento, na qual apontou a extensão das maturidades dos empréstimos a Portugal como outro resultado da governação e das medidas de austeridade suportadas pelos portugueses.

Todas as bancadas da oposição rebateram esta tese, contestando que as taxas de juro da dívida portuguesa tenham descido devido à acção do executivo PSD/CDS-PP e questionando quais as consequências que a emissão de dívida a cinco anos hoje realizada terá na vida concreta dos portugueses, no desemprego, no crescimento económico.

Na sua intervenção, Luís Menezes sustentou que essa emissão de dívida vai permitir que as empresas e as instituições financeiras portuguesas se financiem a custos mais baixos, beneficiando a economia e as famílias, e aproxima Portugal da Irlanda, em detrimento da Grécia.

O social-democrata alegou, por outro lado, que o défice de 2012 ficará "próximo dos 5%" e concluiu que a situação de Portugal se está a inverter, atribuindo a responsabilidade a factores externos - "a actuação do Banco Central Europeu sob a liderança de Mario Draghi e a mudança de postura da zona euro" e internos.

Quanto aos factores internos, Luís Menezes referiu "um empenhamento de todo o País, do Governo, do senhor ministro das Finanças, desta maioria que apoia o Governo no parlamento".

Contudo, apontou como principais responsáveis "todos os portugueses que, com todas as dificuldades que têm passado, têm conseguido ajudar a levar o País para a frente", e acusou o PS de os desrespeitar ao explicar a descida das taxas de juro exclusivamente com motivos europeus.

O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, contrapôs que "o Governo falhou e destruiu a economia portuguesa", tendo sido, por isso, forçado a estender as maturidades dos empréstimos a Portugal.

"Um Governo que falha não recebe o apoio dos seus credores. Um Governo que falha não recebe o elogio dos seus parceiros", retorquiu Luís Menezes. "Um Governo que falha não regressaria aos mercados", acrescentou.

A deputada e co-coordenadora da direcção do BE Catarina Martins e o deputado do PCP Honório Novo assinalaram que os juros da Grécia também desceram e perguntaram se o PSD pensa que isso também se deve à acção do Governo português.

No que respeita à extensão dos prazos de maturidade dos empréstimos a Portugal, Luís Menezes considerou que o pedido do Governo "foi a decisão certa no momento certo e com a companhia certa, como disse hoje e bem o senhor ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, doutor Paulo Portas".

Segundo o social-democrata, esse alargamento de prazos, assim como a anterior revisão das metas do défice, só foi possível "pelo capital de credibilidade que este Governo tem obtido junto das instâncias internacionais".

A deputada do PEV Heloísa Apolónia, pelo contrário, acusou o Governo de estar a "reconhecer que não tem capacidade de pagar a dívida" nos prazos que estavam previstos, ao pedir o seu alargamento.

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